A risada de Hillary

Por Paulo Nogueira
É reveladora a risada de Hillary Clinton acima. Mostra quanto a alma americana se deteriorou.  Fica claro por que o movimento “Ocupe Wall St”, basicamente um protesto contra o governo e as corporações americanas, vem ganhando tanta adesão e solidariedade.
“Chegamos, vimos e ele morreu”, diz Hillary. Pobre Júlio César, tão malcitado.
Li alguns comentários colocados no vídeo. Em geral, o que existe é repulsa pela atitude desumana de Hillary. Um homem de 69 anos foi chacinado. Onde a compaixão?  Onde a compostura? Onde os modos?  Onde algum resquício de grandeza?
Júlio César, objeto da citação de Hillary, exigiu de seus seguidores respeito diante do cadáver do homem contra o qual lutou pela hegemonia em Roma – Pompeu. Para voltar ainda uma vez no tempo, em sua História da Inglaterra o escritor David Hume conta que quando ia se encaminhando no cadafalso, depois de perder a guerra civil que travou contra o Parlamento, na qual ingleses mataram ingleses em larga escala, o rei Carlos I recebeu uma cusparada no rosto de um circunstante. “O único efeito desse insulto desumano foi despertar piedade perante o monarca”, escreveu Hume. Isso foi há 330 anos, e aparentemente a humanidade piorou de lá para cá.
Rir numa situação daquelas  é uma propaganda – mais uma – contra os Estados Unidos e, numa visão mais ampla, contra o ser humano em geral.
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