A polícia do Equador pediu desculpas ao país nesta sexta-feira (30/09) pela revolta protagonizada há exato um ano e considerada pelo presidente Rafael Correa como uma tentativa de golpe de Estado.
"Em nome de toda nossa instituição peço desculpas", disse o comandante-geral da Polícia, Patrício Franco, que acrescentou que é preciso "olhar adiante". A declaração foi feita depois de um ato celebrado no Regimento Quito, onde se iniciou a rebelião de 30 de setembro de 2010.
O comandante da polícia do Distrito Metropolitano de Quito, Juan Carlos Rueda, também pediu desculpas aos oito mortos e a seus familiares "pelo sofrimento causado".
"Assumo em nome de meus companheiros o dever histórico e ético de nos responsabilizarmos diante do povo pelos atos vergonhosos desse dia", declarou.
Mais cedo, o presidente Rafael Correa disse que durante o levante policial, no qual foi impedido de sair de dentro de um hospital, "estava disposto a morrer". "Nós estávamos preparados para morrer nesse dia. Duas ou três vezes vimos a morte muito perto", afirmou o mandatário, em uma entrevista à emissora Gama TV.
Correa voltou a reafirmar que se tratou de "uma tentativa de golpe de Estado" e disse que este tipo de evento não foi registrado "apenas no Equador". Segundo ele, outros episódios aconteceram na Venezuela em 2002, na Bolívia em 2008 e em Honduras em 2009.
"Quando que um governo de direita no século XXI na América Latina teve um golpe de Estado? Isso claramente demonstra que há forças internacionais conspirando, financiando estes movimentos", declarou.
Ele ainda indicou que seu governo obteve evidência de que os grupos opositores do país "são financiados por fundações de extrema direta dos Estados Unidos".
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