terça-feira, 4 de outubro de 2011

O poder do clã Garotinho

CartaCapital 

“Com a chegada da estação das flores no Hemisfério Sul, o Brasil ganhou um novo partido – o PDS, de Gilberto Kassab. Os arautos do novo partido chegaram ao Rio cheios de euforia, bradando que vão derrubar o prestígio da família Garotinho no Estado. Justamente quando uma decisão judicial afastava da Prefeitura de Campos dos Goytacazes, importante cidade do norte fluminense, sua prefeita. Nada menos que Rosinha Garotinho.
Enquanto, no dia 30 de outubro, pregavam seus novos ideais, mostrando que teriam a maior bancada da Assembleia Legislativa e que estavam conquistando deputados evangélicos – que formam uma das colunas de sustentação dos Garotinhos no Estado, uma liminar devolveu a prefeitura de Campos à prefeita.
Rosinha cumpriu o prometido de que só sairia do acampamento feito em frente à prefeitura se fosse presa ou retornasse, legalmente, à chefia do executivo campista. Ela sabia o que estava dizendo. Voltou, provando a força de sua família no Estado. Seu cunhado, que a substituía, devolveu o cargo a ela, e tudo continuou em família.
O que o PDS não grita é que, fora da capital fluminense, onde a família Garotinho realmente é bastante rejeitada, o clã continua com prestígio alto. Basta atravessar a ponte Rio Niterói e chegar a São Gonçalo, segundo maior colégio eleitoral do Estado, e conversar nas ruas: a grande maioria do povo é evangélica e adora o deputado federal Anthony Garotinho, marido da prefeita de Campos e pai da descoladíssima deputada estadual Clarissa Garotinho.
O presidente regional do PDS, Índio da Costa, apregoa que não faz aliança com o DEM, partido pelo qual tentou se eleger vice-presidente da República nas últimas eleições. Assim, perde também o forte apoio do antigo parceiro Cesar Maia.
Agora, para ganhar novos eleitores – que se somarão às milhares de velhinhas de Copacabana que não negam seus votos a um garotão lindo que elas adorariam ter como genro, ou algo semelhante – Índio vai ter que dançar muito ao som dos atabaques indígenas da terra de Arariboia.”
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