Autoridades norte-americanas admitiram nesta quinta-feira (13/10) que não há provas concretas que o líder supremo do Irã e a obscura força especial Quds estavam cientes do suposto complô para matar o embaixador saudita em Washington.
Uma das fontes, de acordo com a agência Reuters, admitiu que os EUA carecem de informações precisas "sobre exatamente até que altura vai" o conhecimento do regime iraniano sobre o caso.
As autoridades dos EUA, que falaram sob anonimato, disseram que sua crença de que pelo menos alguns líderes iranianos soubessem do plano se baseia em grande parte em análises e no seu entendimento sobre o funcionamento da Força Quds.
Esses funcionários afirmam ser "mais do que provável" que o líder supremo do regime, aiatolá Ali Khamenei, e o comandante da Força Quds, general Qasem Suleimani, tivessem conhecimento prévio do plano, ou que o tenham aprovado. Eles insistiram que "não se trata de forma alguma de uma operação sem vínculos", pois teria tido aval e coordenação de agentes da Força Quds no Irã.
Irã convoca embaixador para protestar contra acusações de complô
Diversas autoridades e comentaristas iranianos disseram nesta quarta-feira (12/10) que os EUA pretendem dividir os países muçulmanos para desviar a atenção de seus próprios problemas internos, acusando Teerã de estar por trás de um suposto complô terrorista descoberto em Washington.
Os EUA acusaram nesta terça-feira (11/10) o Irã de planejar um atentado contra as embaixadas da Arábia Saudita e Israel em Washington, assim como o assassinato do embaixador saudita na capital norte-americana, Adel al-Jubeir, mas autoridades iranianas desmentiram o caso.
EUA e Israel são inimigos declarados do Irã, enquanto as relações de Teerã com Riad estão instáveis, devido à aliança da Arábia Saudita com os EUA e também por sua rivalidade na área do Golfo Pérsico, embora sejam membros na Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).
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