segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Brasileirinho da Globo vira “tasca Teixeira”


Tasca Teixeira, São Paulo

Saiu no R7: Torcedores fazem ato na avenida Paulista para pedir saída de Ricardo Teixeira  

Torcedores de São Paulo se uniram neste domingo (2) ao movimento nacional que pede a saída do presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, com um ato realizado na avenida Paulista. Veja mais fotos da manifestação 
Vestindo camisetas de seus clubes do coração, todos deixaram de lado a rivalidade por alguns instantes para se unir no protesto, que pediu a popularização do futebol brasileiro e cobrou mais transparência na organização da Copa do Mundo de 2014.
Os amigos Marco Antonio Caldeira, de 21 anos, e Vinicius Gustavo Barbosa, de 20, ambos corintianos, foram à manifestação para reivindicar uma Copa do Mundo que seja “para o povo, e não para as elites”. 
Barbosa citou como exemplo o alto custo da construção do estádio do Corinthians, possível sede da abertura do Mundial, para ressaltar a necessidade de fiscalizar os gastos que serão feitos para realizar a competição. 
- Agora dizem que o nosso estádio vai custar R$ 1 bilhão. Quem é que vai pagar esse prejuízo? Nós, os torcedores. 
Caldeira chamou a atenção para um problema que já prejudica os torcedores brasileiros e que deve se tornar ainda mais grave durante a Copa: o ingresso caro, que impede grande parte da população brasileira de ir às arquibancadas. 
- Nos jogos do Corinthians, o ingresso mais barato custa R$ 30. Como pagar isso com um salário mínimo de R$ 500? É a elitização do futebol. Queremos uma Copa para o povo. 
Os dois, que são moradores da zona leste de São Paulo, onde está sendo erguido o futuro estádio do Corinthians, afirmaram que as torcidas dos clubes brasileiros precisam se unir para “cobrar e impedir que haja roubo de dinheiro público”. 
Durante o ato, integrantes da FNT (Frente Nacional dos Torcedores) recolheram assinaturas de apoio ao movimento contra Teixeira, que também preside o COL (Comitê Organizador Local) da Copa do Mundo. A direção do grupo, que promoveu o protesto, diz contar com cerca de 11 mil adesões. 
A aposentada Amélia Prado, de 67 anos, estava trabalhando na feira de antiguidades do vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo) e se interessou pela mobilização. Antes de assinar o manifesto contra Teixeira, ela recordou que, diferentemente do que havia sido prometido pelas autoridades de São Paulo, o poder público vai colocar dinheiro na Copa. 
- É um absurdo a prefeitura dar uma fortuna para isso. A gente tem é que investir na saúde do povo. 
Para o engenheiro civil LuizRomani, de 55 anos, a Copa do Mundo é um evento privado, e por isso deveria ser totalmente custeada pela Fifa, órgão que a organiza. 
- Eles têm de aplicar o dinheiro deles. Quem têm de investir são eles, a Fifa, porque são eles os donos de tudo. 
Na opinião de Romani, que torce pelo Palmeiras, o governo e o povo brasileiro são reféns das condições impostas pela Fifa para trazer a competição ao país. 
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