Por Altino Machado/Terra Magazine
Serão feitas duas perguntas aos eleitores durante o pleito. A primeira: “Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Carajás?”. A segunda: “Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Tapajós?”.
Caso a resposta da maioria para as duas perguntas seja afirmativa, o Estado se dividirá em três partes: uma continuará sendo o Pará, a outra será o Estado de Tapajós e a outra será o Estado de Carajás. Há quem diga que o custo financeiro dessa divisão seria elevado, mas o músico é quase lacônico ao se contrapor:
- Não vão gastar mais do que estão roubando.
Sebastião Pena Marcião nasceu dentro de um barco, no rio Surubiú, quando seus pais viajavam com destino a Santarém. Foi registrado como se fosse do município de Alenquer. De tão apaixonado pela região onde nasceu, adotou e registrou posteriormente o nome do maior rio da região e se assina como Sebastião Tapajós Pena Marcião.
Tapajós, que estuda violão desde criança, em 1964 mudou para a Europa e se formou no Conservatório Nacional de Música de Lisboa, em Portugal. Mas seguiu estudando na Espanha até regressar ao Brasil três anos depois.
Consagrado na Europa, especialmente na Alemanha, já lançou mais de cinqüenta discos. Realiza anualmente pelo menos duas turnês internacionais, mas o lugar dele mesmo é Santarém.
- Na verdade eu sou mocorongo de coração.
Veja a entrevista:
Voltou para Santarém quando?
Em 1997 decidi voltar às raízes. Eu vivia no Rio de Janeiro, onde tenho casa. Estava meio cansado de cidade grande. De repente pensei: vou embora pro meio do mato, onde os pássaros cantam é que é o meu lugar. Voltei para cá, onde é cheio de passarinhos: sabiá, bem-te-vi, rouxinol. Aparece de tudo aqui. porque tem árvores.
O que o ambiente faz pensar?
Comecei a vida achando que tocar em bailes seria o máximo. De repente, eu me vi numa Filarmônica de Berlim e pensei: o que está acontecendo comigo, que saí do meio do mato? Acho que existe em mim determinação e alta força de vontade. Eu nasci num rio chamado Surubiú. Parece nome feio. Fica mais perto de Alenquer do que de Santarém. Nascido num barco com destino a Santarém, aí meu pai me registrou como se eu fosse de Alenquer. Na verdade eu sou mocorongo de coração.
O que é um mocorongo?
Um cara bobo, que nasce em Santarém e não quer saber de sair daqui. Lá pro Sul, mocorongo é um cara bobo, abestado, mas em Santarém tem outro sentido, mais pra índio. Parece que não, mas o índio é um sujeito muito esperto e inteligente. Tanto que o índio dificilmente se deixa escravizar, porque ele luta e até morre, mas não se deixa escravizar. Outros são escravizados com mais facilidade.
Qual a dimensão que você tem atualmente da Amazônia?
Eu sempre estive presente na Amazônia. Até o meu nome, Tapajós, é da região. Tapajós não constava no meu nome, mas já registrado.
Como é no registro?
Sebastião Pena Marcião. Não é marciano nem macião. É Marcião. Sou devagar e sempre.
Mas em noites de lua cheia se transforma no boto?
O poeta e compositor Paulo André Barata diz que foram os padres que trouxeram essa história do boto para cá. Não sei se é verdade, mas ele diz que foi inventada para justificar as travessuras dos padres nas beiras de rios.
Mas a Amazônia…
Eu vi um discurso do governador Simão Jatene, do Pará, e o poeta Thiago de Mello estava presente como convidado. No meio do discurso, o Simão, que fala muito bem, disse que estavam presentes dois dos maiores representantes da Amazônia, que já representaram a Amazônia pelo mundo inteiro. E nos tratou como Thiago e Tião, mas esqueceu do nosso irmão João Donato, do Acre, que é um amazônida mesmo. Fiquei muito feliz em ouvir isso. Tenho um disco que chama Xingu. Todos os meus trabalhos têm alguma coisa que se refere à Santarém, aos rios, a alguma coisa da Amazônia. Ela é grandiosa.
Uma região muito impactada também?
Eu acompanho com muita tristeza, vendo que as coisas estão se degringolando cada dia mais e o poder aquisitivo, o capital, é quem determina as coisas. Acredito que nós ainda temos uma reserva muito grande. Se já mandaram ver em 15 ou 17%, acho que deveriam tentar segurar o que ainda existe.
E Belo Monte?
Rapaz, sou contra tudo que mexe com a natureza. Não estudei pra falar de cadeira desse assunto de Belo Monte, mas tudo que Deus fez não foi à toa. Deus fez Santarém bela, do jeito que é, porque passou e viu que dava pra fazer. Está tudo aí pra gente usufruir e não para acabar. Fizeram a BR-163, ligando Cuiabá a Santarém, mas sempre fui a favor de uma ferrovia porque haveria menos desmatamento. Asfalto me parece algo inviável para nossa região por causa do custo de manutenção. Além disso, na Amazônia, quando chove é dilúvio. O asfalto não resiste, corrói por baixo. Os trens dão certo em qualquer lugar do mundo. Por que não daria certo na Amazônia?
Tem saudade daquele seu projeto de descoberta musical na Floresta Nacional do Tapajós, que resultou na gravação de um CD com ribeirinhos?
Esse projeto foi muito interessante. Tive que ficar 20, 30 dias num barco, visitar as comunidades, gravar nas casas, encontrando talentos. Numa reunião que tivemos alguém disse que eu não encontraria talentos na floresta, mas deu Certo o disco. Ficou muito interessante. é um trabalho piloto que serve pra qualquer lugar da Amazônia. Eu cheguei a levar para um governador do Pará, mas os caras nunca têm tempo sequer para nos ouvir.
Algum novo projeto?
Tenho um projeto aprovado, que chama Rio Abaixo, Rio Acima. É caríssimo para fazer de Manaus até Belém. São quase 50 cidades. Passar no mínimo três ou quatro dias dando aula, fazendo concertos didáticos, mostrando a riqueza do instrumento para as crianças. É carríssimo porque 50 pessoas, entres as quais jornalistas, artistas e músicos de primeira grandeza para dar aula, terão que ficar um ano inteiro numa balsa. quem levou esse projeto para estudar foi a Petrobras, que quer fazer diferente. A Petrobras quer fazer todo ano, mas aí fica muito mais caro.
E você não aceita que seja anual?
Aceito, claro, mas querem que sejam feitas alterações no projeto. A Vale também está com o projeto. É um projeto orçado em mais de R$ 2 milhões, mas ninguém vai enricar com isso. Vamos trabalhar pra caramba e ganhar o normal. Músicos excepcionais vão passar dez meses morando no barco. Como ninguém é de ferro, de vez em quando vou ter que dar uma saidinha pra pescar. Eu gosto desse tipo de coisa. Eu nasci no barco.
Você tem acompanhado os debates em torno da divisão do Pará?
Estou acompanhando de perto. Nós queremos essa divisão.
Você quer um estado com o seu nome?
Não é com o meu nome, mas da região, que é muito bela e rica.
Quem é contra costuma dizer que o custo da divisão seria elevado.
Não vão gastar mais do que estão roubando. Seria maravilhoso se a gente tivesse governadores como que temos agora, o Simão Jatene, um cara que vem a Santarém, que olha para cá. Da mesma forma, se gente tivesse um governador como foi Fernando Guilhon, ninguém estaria querendo dividir o Pará. Mas não é assim. Quando o Simão Jatene sair, pode entrar um cara que tenha raiva daqui e então a gente vai sofrer por não sei quantos anos. Esse isolamento não é justo pro povo que vive aqui. Tivemos muitos governadores que nos isolaram completamente. A divisão seria uma evolução porque existem razões que Belém desconhece. O egoísmo é um problema seríssimo que precisa ser extirpado. você não pode pensar só em você. Temos que pensar naqueles que nos cercam. Estaremos muito bem servidos se a gente pegar essa extensão que vem desde Altamira, pega o Xingu inteiro, Prainhas, Oriximiná, Óbidos. É uma região muito rica. Não somos tão pobres assim. Aqui existe pobreza, mas não existe miséria. Aqui ninguém vê ninguém passando fome. Só se for muito, mas muito preguiçoso. Quem vai pra beira do rio Tapajós pescar não volta sem peixe. Nós temos tudo para deslanchar. E Belém ficaria muito bem, pois é uma região muito rica em turismo. Do jeito que está, não conseguem cuidar de Belém, nem de Santarém, de lugar nenhum. A situação é deplorável.
Você acredita que a população do Pará decidirá em plebiscito pela divisão do Estado?
Quer que eu seja sincero?
Sim.
Acho muito difícil porque o egoísmo está na frente de tudo. Essa é uma região grande. Se a divisão não acontecer e o governador cumprir a promessa de andar por aqui, as cosias podem funcionar legal. Acho que a melhor solução seria a criação do novo estado e que a gente não pode ficar em cima do muro apenas porque é amigo do governador. Ele tem que me aceitar como sou. A minha opinião é essa.
Mas o governador, como bom tucano, está em cima do muro.
Ele está fazendo o certo, dizendo que o povo é quem vota e decidirá. Eu não fico em cima do muro e por isso me dou muito mal com os políticos. Sou sincero, mas não deixo de falar com eles, quando sei que eles me sacaneiam. Mesmo assim estou lá: bom dia, boa tarde, boa noite. Não me atrapalha, não.
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Natural de Santarém (PA), o músico e compositor Sebastião Tapajós, 67, já sabe o que responderá nas urnas, no dia 11 de dezembro, quando será realizado o plebiscito que decidirá sobre o desmembramento do Pará e sobre a criação de dois novos estados: Carajás e Tapajós.
Serão feitas duas perguntas aos eleitores durante o pleito. A primeira: “Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Carajás?”. A segunda: “Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Tapajós?”.
Caso a resposta da maioria para as duas perguntas seja afirmativa, o Estado se dividirá em três partes: uma continuará sendo o Pará, a outra será o Estado de Tapajós e a outra será o Estado de Carajás. Há quem diga que o custo financeiro dessa divisão seria elevado, mas o músico é quase lacônico ao se contrapor:
- Não vão gastar mais do que estão roubando.
Sebastião Pena Marcião nasceu dentro de um barco, no rio Surubiú, quando seus pais viajavam com destino a Santarém. Foi registrado como se fosse do município de Alenquer. De tão apaixonado pela região onde nasceu, adotou e registrou posteriormente o nome do maior rio da região e se assina como Sebastião Tapajós Pena Marcião.
Tapajós, que estuda violão desde criança, em 1964 mudou para a Europa e se formou no Conservatório Nacional de Música de Lisboa, em Portugal. Mas seguiu estudando na Espanha até regressar ao Brasil três anos depois.
Consagrado na Europa, especialmente na Alemanha, já lançou mais de cinqüenta discos. Realiza anualmente pelo menos duas turnês internacionais, mas o lugar dele mesmo é Santarém.
- Na verdade eu sou mocorongo de coração.
Veja a entrevista:
Voltou para Santarém quando?
Em 1997 decidi voltar às raízes. Eu vivia no Rio de Janeiro, onde tenho casa. Estava meio cansado de cidade grande. De repente pensei: vou embora pro meio do mato, onde os pássaros cantam é que é o meu lugar. Voltei para cá, onde é cheio de passarinhos: sabiá, bem-te-vi, rouxinol. Aparece de tudo aqui. porque tem árvores.
O que o ambiente faz pensar?
Comecei a vida achando que tocar em bailes seria o máximo. De repente, eu me vi numa Filarmônica de Berlim e pensei: o que está acontecendo comigo, que saí do meio do mato? Acho que existe em mim determinação e alta força de vontade. Eu nasci num rio chamado Surubiú. Parece nome feio. Fica mais perto de Alenquer do que de Santarém. Nascido num barco com destino a Santarém, aí meu pai me registrou como se eu fosse de Alenquer. Na verdade eu sou mocorongo de coração.
O que é um mocorongo?
Um cara bobo, que nasce em Santarém e não quer saber de sair daqui. Lá pro Sul, mocorongo é um cara bobo, abestado, mas em Santarém tem outro sentido, mais pra índio. Parece que não, mas o índio é um sujeito muito esperto e inteligente. Tanto que o índio dificilmente se deixa escravizar, porque ele luta e até morre, mas não se deixa escravizar. Outros são escravizados com mais facilidade.
Qual a dimensão que você tem atualmente da Amazônia?
Eu sempre estive presente na Amazônia. Até o meu nome, Tapajós, é da região. Tapajós não constava no meu nome, mas já registrado.
Como é no registro?
Sebastião Pena Marcião. Não é marciano nem macião. É Marcião. Sou devagar e sempre.
Mas em noites de lua cheia se transforma no boto?
O poeta e compositor Paulo André Barata diz que foram os padres que trouxeram essa história do boto para cá. Não sei se é verdade, mas ele diz que foi inventada para justificar as travessuras dos padres nas beiras de rios.
Mas a Amazônia…
Eu vi um discurso do governador Simão Jatene, do Pará, e o poeta Thiago de Mello estava presente como convidado. No meio do discurso, o Simão, que fala muito bem, disse que estavam presentes dois dos maiores representantes da Amazônia, que já representaram a Amazônia pelo mundo inteiro. E nos tratou como Thiago e Tião, mas esqueceu do nosso irmão João Donato, do Acre, que é um amazônida mesmo. Fiquei muito feliz em ouvir isso. Tenho um disco que chama Xingu. Todos os meus trabalhos têm alguma coisa que se refere à Santarém, aos rios, a alguma coisa da Amazônia. Ela é grandiosa.
Uma região muito impactada também?
Eu acompanho com muita tristeza, vendo que as coisas estão se degringolando cada dia mais e o poder aquisitivo, o capital, é quem determina as coisas. Acredito que nós ainda temos uma reserva muito grande. Se já mandaram ver em 15 ou 17%, acho que deveriam tentar segurar o que ainda existe.
E Belo Monte?
Rapaz, sou contra tudo que mexe com a natureza. Não estudei pra falar de cadeira desse assunto de Belo Monte, mas tudo que Deus fez não foi à toa. Deus fez Santarém bela, do jeito que é, porque passou e viu que dava pra fazer. Está tudo aí pra gente usufruir e não para acabar. Fizeram a BR-163, ligando Cuiabá a Santarém, mas sempre fui a favor de uma ferrovia porque haveria menos desmatamento. Asfalto me parece algo inviável para nossa região por causa do custo de manutenção. Além disso, na Amazônia, quando chove é dilúvio. O asfalto não resiste, corrói por baixo. Os trens dão certo em qualquer lugar do mundo. Por que não daria certo na Amazônia?
Tem saudade daquele seu projeto de descoberta musical na Floresta Nacional do Tapajós, que resultou na gravação de um CD com ribeirinhos?
Esse projeto foi muito interessante. Tive que ficar 20, 30 dias num barco, visitar as comunidades, gravar nas casas, encontrando talentos. Numa reunião que tivemos alguém disse que eu não encontraria talentos na floresta, mas deu Certo o disco. Ficou muito interessante. é um trabalho piloto que serve pra qualquer lugar da Amazônia. Eu cheguei a levar para um governador do Pará, mas os caras nunca têm tempo sequer para nos ouvir.
Algum novo projeto?
Tenho um projeto aprovado, que chama Rio Abaixo, Rio Acima. É caríssimo para fazer de Manaus até Belém. São quase 50 cidades. Passar no mínimo três ou quatro dias dando aula, fazendo concertos didáticos, mostrando a riqueza do instrumento para as crianças. É carríssimo porque 50 pessoas, entres as quais jornalistas, artistas e músicos de primeira grandeza para dar aula, terão que ficar um ano inteiro numa balsa. quem levou esse projeto para estudar foi a Petrobras, que quer fazer diferente. A Petrobras quer fazer todo ano, mas aí fica muito mais caro.
E você não aceita que seja anual?
Aceito, claro, mas querem que sejam feitas alterações no projeto. A Vale também está com o projeto. É um projeto orçado em mais de R$ 2 milhões, mas ninguém vai enricar com isso. Vamos trabalhar pra caramba e ganhar o normal. Músicos excepcionais vão passar dez meses morando no barco. Como ninguém é de ferro, de vez em quando vou ter que dar uma saidinha pra pescar. Eu gosto desse tipo de coisa. Eu nasci no barco.
Você tem acompanhado os debates em torno da divisão do Pará?
Estou acompanhando de perto. Nós queremos essa divisão.
Você quer um estado com o seu nome?
Não é com o meu nome, mas da região, que é muito bela e rica.
Quem é contra costuma dizer que o custo da divisão seria elevado.
Não vão gastar mais do que estão roubando. Seria maravilhoso se a gente tivesse governadores como que temos agora, o Simão Jatene, um cara que vem a Santarém, que olha para cá. Da mesma forma, se gente tivesse um governador como foi Fernando Guilhon, ninguém estaria querendo dividir o Pará. Mas não é assim. Quando o Simão Jatene sair, pode entrar um cara que tenha raiva daqui e então a gente vai sofrer por não sei quantos anos. Esse isolamento não é justo pro povo que vive aqui. Tivemos muitos governadores que nos isolaram completamente. A divisão seria uma evolução porque existem razões que Belém desconhece. O egoísmo é um problema seríssimo que precisa ser extirpado. você não pode pensar só em você. Temos que pensar naqueles que nos cercam. Estaremos muito bem servidos se a gente pegar essa extensão que vem desde Altamira, pega o Xingu inteiro, Prainhas, Oriximiná, Óbidos. É uma região muito rica. Não somos tão pobres assim. Aqui existe pobreza, mas não existe miséria. Aqui ninguém vê ninguém passando fome. Só se for muito, mas muito preguiçoso. Quem vai pra beira do rio Tapajós pescar não volta sem peixe. Nós temos tudo para deslanchar. E Belém ficaria muito bem, pois é uma região muito rica em turismo. Do jeito que está, não conseguem cuidar de Belém, nem de Santarém, de lugar nenhum. A situação é deplorável.
Você acredita que a população do Pará decidirá em plebiscito pela divisão do Estado?
Quer que eu seja sincero?
Sim.
Acho muito difícil porque o egoísmo está na frente de tudo. Essa é uma região grande. Se a divisão não acontecer e o governador cumprir a promessa de andar por aqui, as cosias podem funcionar legal. Acho que a melhor solução seria a criação do novo estado e que a gente não pode ficar em cima do muro apenas porque é amigo do governador. Ele tem que me aceitar como sou. A minha opinião é essa.
Mas o governador, como bom tucano, está em cima do muro.
Ele está fazendo o certo, dizendo que o povo é quem vota e decidirá. Eu não fico em cima do muro e por isso me dou muito mal com os políticos. Sou sincero, mas não deixo de falar com eles, quando sei que eles me sacaneiam. Mesmo assim estou lá: bom dia, boa tarde, boa noite. Não me atrapalha, não.
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