A previsão, de acordo com diplomatas que acompanham as negociações, é que a ONU estabeleça para os palestinos o status de Estado observador, como o Vaticano; reunião acontece nesta quarta-feira (28)
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) marcou para esta quarta-feira (28) a sessão em que discutirá o pedido da Autoridade Nacional Palestina (ANP) para a criação do Estado da Palestina. Representantes de todos os países que integram as Nações Unidas se reuniram segunda-feira (26) para consultas sobre o assunto. A aprovação depende de nove dos 15 votos do conselho, sendo que entre os países que têm assentos permanentes não pode haver rejeição. Porém, o governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, informou que votará contra o pedido do presidente da ANP, Mahmoud Abbas. A expectativa é que as discussões no conselho levem cerca de quatro semanas até sua conclusão. O representante do Líbano nas Nações Unidas, o embaixador Nawaf Salam, confirmou o início das negociações para amanhã.
Na última semana, a presidenta Dilma Rousseff defendeu o direito de os palestinos terem um Estado autônomo e independente. No ano passado, o Brasil reconheceu o direito de criação da Palestina. Dos 15 membros do Conselho de Segurança, seis se manifestaram a favor dos palestinos. Dos 193 países que integram as Nações Unidas, os palestinos dizem contar com o apoio de 127.
A previsão, de acordo com diplomatas que acompanham as negociações, é que a ONU estabeleça para os palestinos o status de Estado observador, como o Vaticano. O quarteto para as negociações do Oriente Médio, formado por representantes dos Estados Unidos, da União Europeia, das Nações Unidas e da Rússia, propôs uma retomada das negociações, estipulando um prazo para um acordo final até 2012.
Para os Estados Unidos e o Reino Unido, é necessário ampliar as negociações de paz entre israelenses e palestinos antes de decidir pela criação de um Estado independente e autônomo. O governo de Israel também informou que não aceita negociar o pedido da ANP que propõe a divisão da cidade de Jerusalém, considerada pelos israelenses indivisível.
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