segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A sublimação de Hugo Chávez

Uma das coisas mais interessantes nos seres humanos é a sua limitação e finitude.
Alguns não a percebem. Outros, descobrem que a vida- um valor tão negligenciado, sobretudo quando se vive em meio a relações de poder – é algo inestimável e o ponto inicial e final de tudo o que fazemos.
Notaram algo na foto que ilustra este post?
Sim, Chávez apareceu de camisa amarela dada por suas filhas,  em lugar da vermelha que costuma revezar com seu uniforme militar, numa celebração que reuniu uma multidão em frente ao Palácio de Miraflores, sede do governo do país.
E ele próprio, no discurso, explicou o porque.
“”Por que temos sempre que usar uma camisa vermelha? O mesmo vale para a palavra ‘socialismo”.
E lamentou que a classe média venezuelana e os pequenos empresários do país não se sintam incluída no projeto socialista que lidera no país.
A BBC diz que eleafirmou lamentar que haja, por parte deles, a percepção de que pequenos negócios serão dominados pelo estado.
“Temos que garantir que ninguém acredite nisso. Temos que convencê-los do nosso projeto real, do fato de que precisamos desse setor e reconhecemos sua contribuição”, disse.
O presidente venezuelano pediu aos seus seguidores que mudem o grito de guerra “patria livre ou morte”, e o substituam por “pátria socialista e victoria. Viveremos e venceremos”
“Peço que pensemos essa palavra, morte (…) Aqui não há morte, aqui há vida”.
Claro que a direita dirá que é tudo marketing do chavismo, face às eleições do ano que vem.
Ela costuma pensar Chávez como um homem pequeno, de cérebro miúdo e aparência tosca, morena e grosseira.
E, por isso, ele a vence, há mais de uma década, em sucessivas disputas eleitorais.
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