Redação da Rede Brasil Atual
“Os dois principais grupos de comunicação da Argentina perderam em mais uma frente de batalha contra o governo de Cristina Kircher. A Corte Suprema rejeitou recurso apresentado pelas empresas controladoras do Clarín e do La Nación, os dois jornais de maior circulação do país, contra a medida da Secretaria de Comércio Interior que obriga a prática de preço igualitário na venda do papel utilizado em publicações.
Os dois veículos, que ainda controlam a Papel Prensa, única empresa responsável pela distribuição do papel-jornal na Argentina, entendem que o governo de Cristina, agora também acionista da corporação, não tem competência para determinar tal medida. A mais alta corte do país, no entanto, entende que não pode julgar uma questão cujo mérito ainda está em aberto, uma vez que a transferência de controle da Papel Prensa não foi avaliada.
Para o secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, a diferença de preços praticada pela empresa, tornando mais barato o papel vendido a Clarín e La Nación, funciona como um mecanismo de exclusão dos veículos de menor porte. “As médias e pequenas companhias, que pagam preços não competitivos pelo papel, se veem obrigadas a diminuir a quantidade de páginas que publicam, e por consequência o conteúdo como um todo”, advertiu Moreno em sua resolução, tomada há dois anos.”
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