quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Cem mil protestam em Santiago contra reforma educacional no Chile

Cerca de cem mil estudantes chilenos marcharam nesta terça-feira (9) pelas ruas de Santiago e pelas principais cidades do país, exigindo educação pública e gratuita para todos. Os estudantes também exigem que o governo obrigue as universidades privadas a serem instituições sem fins lucrativos, como determina a lei.

As marchas reuniram alunos, professores, pais de alunos e sindicalistas. Um jovem, carregando uma cruz, exibia um cartaz: “Não posso estudar; meu pai é carpinteiro”. Também houve incidentes entre policiais e estudantes com rostos cobertos, que faziam fogueiras nas ruas e lançavam pedras contra carros.
Os protestos estudantis começaram em maio passado. Estudantes de segundo grau e universitários mobilizaram professores, pais de alunos e sindicatos, nas maiores manifestações em duas décadas de democracia chilena. O governo do presidente Sebastián Piñera cedeu, trocando o ministro da Educação e propondo um projeto de reforma com 21 pontos. Os estudantes não aceitaram. Querem uma reforma total.
No Chile não existem universidades gratuitas. Por lei, nenhuma universidade deveria ter fins lucrativos. Mas tanto as universidades públicas, quanto as privadas, cobram mensalidades que chegam, em média, a US$ 400. Ainda assim, um número grande de chilenos estuda em universidades.”
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