quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Pará, terra de ninguém

No Pará, onde 621 pessoas foram mortas em conflitos no campo desde 1985, entre eles José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo (foto), casos de ameaças se multiplicam. Foto: AFP

Carta Capital
Sempre presente na lista dos estados que mais devastam a região amazônica, loteado por grileiros e no cerne de assassinatos em massa de líderes locais, o Pará parece se esforçar para manter o estigma de terra sem lei, uma versão faroeste brasileira. Nos últimos 25 anos, 621 pessoas foram mortas no local em conflitos no campo. Porém, apenas 24 responsáveis pelos crimes acabaram presos, segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), organização ligada à Igreja Católica. Um panorama que permanece igual em 2011, com seis militantes camponeses “eliminados”, o último deles em 25 de agosto.
Além disso, outras 30 pessoas do estado figuram na lista de 2010 de ameaçados da CPT, um documento que trazia, entre os 125 nomes presentes, os extrativistas José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo, assassinados em maio, em Nova Ipixuna.
Três meses após a morte do casal e com o fim das investigações do caso pela Polícia Civil, os pistoleiros Lindonjonhson Silva Rocha e Alberto Lopes do Nascimento, suspeitos do assassinato, e o pecuarista José Rodrigues Moreira, mandante do crime, estão soltos e a família das vítimas tornou-se alvo de pistoleiros. “Sabemos demais”, diz Laisa Santos Sampaio, irmã de Maria do Espírito Santo, em entrevista a CartaCapital, por telefone. “Éramos confidentes e tinha conhecimento de todas as ameaças”, completa, apontando que Claudelice Silva dos
Na última semana, a casa de Sampaio no Assentamento Praialta-Piranheira, em Nova Ipixuna, foi invadida e um de seus cachorros baleado. Por isso, em meio a tamanha paralisia da Justiça parense, o Ministério Público teve de exigir “investigações sérias e comprometidas”, além da inclusão das famílias dos extrativistas em programas de proteção. Medida também adotada em Altamira, onde a vida de Raimundo Belmiro já tem preço: 80 mil reais. O morador da Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio tem denunciado a extração ilegal de madeira na região.
Segundo o procurador da República em Marabá Tiago Rabelo, as ameaças aos familiares de José Cláudio e Maria do Espírito Santo começaram após o fim das investigações e há ligações “óbvias” entre os casos. “Essas pessoas contribuíram com as averiguações e são testemunhas chave no processo”, afirma a CartaCapital. “Precisamos protegê-las e garantir que possam depor em juízo, mantendo o processo viável”.
“Não é para restar ninguém da raça” dos ambientalistas
Em Nova Ipixuna, Laisa diz que as ameaças circulam pela cidade em forma de boatos, assim como ocorreu com sua irmã. “Dizem que não é para restar ninguém da ‘raça’ de José e Maria no assentamento”. A educadora, que desenvolve projetos de conscientização ambiental e sustentabilidade na região, se diz apreensiva com os telefonemas a “mandando tomar cuidado”. “Estamos na linha de frente pedindo por Justiça e segurança para a reserva. Estamos nos expondo e precisamos do mínimo de segurança”.
Sampaio conta ter recebido telefonemas de representantes do governo federal para incluí-la em programas de proteção, mas afirma querer analisar as opções antes de decidir. “O melhor seria não estar nessa situação”, desabafa. Para evitar um choque de realidade com as restrições desses projetos, Rabelo pediu maior flexibilidade aos familiares dos extrativistas mortos, para que ainda possam manter laços com a região.
Orçamento inóquo para os direitos humanos
Enquanto a inserção em um dos programas do governo parece próxima de Laisa e sua família, os cambaleados Provita e Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos enfrentam problemas estruturais e a incapacidade de atender a enorme demanda do País, algo confirmado pela própria ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, uma semana após a morte dos extrativistas. O último, por exemplo, conta com um exíguo orçamento de 2 milhões de reais e a adesão de meras 7 das 27 unidades da Federação: Pará, Espírito Santo, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
O Provita detém uma receita de 14 milhões de reais para 2011, mas ainda abaixo do necessário, segundo o próprio Secretário Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Ramaís de Castro Silveira, em entrevista a CartaCapital em abril. Além disso, a burocracia na liberação dos recursos à inicitiva causa turbulências em 20% dos 17 Estados que fazem parte do sistema. As instituições conveniadas, responsáveis por providenciar abrigo e alimentação aos participantes do programa, entre outros aspectos, chegam a ficar meses sem receber o pagamento, o que em risco a vida daqules que deveriam ser protegidos.
É nesse cenário que o procurador da República em Altamira, Bruno Alexandre Gütschow, responsável pelo caso de Raimundo Belmiro, afirma a CartaCapital que as denúncias de ameaças estão aumentando. “As pessoas procuram mais a nossa ajuda, porque a ousadia dos ameaçadores cresce cada vez mais”. Ele conta, referindo-se a Belmiro, que o ambientalista foi ameaçado de morte dentro de uma reserva controlada pela União e com uma equipe própria do Instituto Chico Mendes.
Segundo Gütschow, a situação exemplifica a presença quase nula também do Poder Público na região, que não possui efetivo suficiente nas polícias Federal, Civil e Rodoviária e até mesmo no Ministério Público. “No Pará há muitas regiões em que o Estado não chega, ou quando o faz, é tarde demais”.
Mesmo assim, Sampaio continua lutando por Justiça e afirma que já fez um pedido verbal pela federalização do caso e monta um abaixo assinado para implantar no Assentamento Praialta-Piranheira guaritas de controle. “Só com o policiamento conseguiremos eliminar esse problema e se nos silenciarmos tudo ficará pior”.
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Governo propõe mínimo de R$ 619,21

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, entregou nesta manhã ao Congresso Nacional a proposta de Orçamento para o ano de 2012. Segundo a ministra, o salário mínimo proposto pelo governo para o próximo ano é de R$ 619,21, um aumento de 13,6%. O impacto do aumento será de R$ 13,3 bilhões no Orçamento do ano que vem. O projeto foi entregue ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Ele fará o pronto encaminhamento da proposta à Comissão Mista de Orçamento para a tramitação do projeto. O relator será o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP).
O valor do salário mínimo revelado hoje pela ministra Miriam Belchior é maior do que projetado pelo governo quando do envio da lei de diretrizes orçamentárias (LDO) para 2012 ao Congresso, em abril deste ano. Nos parâmetros utilizados pelo governo para elaboração da LDO, o mínimo previsto era de R$ 616,34.
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A próxima capa da Veja




No Blog da Cidadania

Está cada vez mais difícil acreditar na Veja, para quem quer. Não bastando provas materiais e testemunhais de que seu repórter tentou invadir o domicílio de José Dirceu e a ausência de mísero indício de que ele se reunia com correligionários em um hotel de Brasília para fazer negociatas e conspirações, ela se porta como culpada e ele, como inocente.
O ex-ministro supostamente é o acusado. Ao menos para o grande público, que, ainda – eu disse ainda –, não ficou sabendo do que a revista andou aprontando. Dirceu, no papel de culpado, deveria estar fugindo da repercussão e a Veja, no papel de acusador, deveria estar surfando nela.
Exposta em bancas de jornais por todo país e tendo recebido alguma cobertura da grande mídia, a revista estaria em melhores condições para continuar a vender a sua denúncia do que Dirceu a dele. O que se esperaria, portanto, é que a Veja estivesse falante.
Não é o que se vê. Ontem, assisti a uma extensa reportagem da Record News sobre o caso. Uma matéria correta que contou com entrevista de José Dirceu, que desceu a lenha na Veja. Essa emissora foi o primeiro grande meio de comunicação a se somar à extensa cobertura de pequenos veículos que vem suprindo a afasia jornalística dos grandes.
Dirceu está em uma maratona de manifestações públicas sobre o caso, iniciada quando denunciou em seu blog que a Veja mandou alguém tentar invadir seu quarto de hotel. Nos últimos dias, porém, a frase mais repetida da política tem sido a de que a revista não irá comentar o assunto com a fila de veículos que se propõem a ouvir a sua versão dos fatos.
Claro que deve estar caçando alguma coisa para tentar “matar” o assunto em sua próxima edição. Veja procura algum indício que fortaleça a sua matéria. Está engendrando mais um editorial que tentará vender como reportagem. Necessita, desesperadamente, mudar uma pauta de discussão que cada nova negativa de se manifestar, incrementa.
A próxima capa da Veja, portanto, reveste-se de expressiva importância para o jogo político. O escândalo surdo que a envolve pode ter desdobramentos na postura do governo Dilma em relação à mídia – ou não, o que não deixará de ser um desdobramento político descomunal. A grande aposta é se a revista tentará mudar de assunto ou virar o jogo.
Façam as suas apostas, pois.
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Assassinato de extrativista sairia por R$ 80 mil, diz MPF

Morte de extrativista sairia por R$ 80 mil, diz MPF 
Madeireiros fariam encomendas nesse valor

O procurador da República em Altamira, no sudoeste do Pará, Cláudio Terre do Amaral, pediu à Polícia Federal que abra inquérito criminal para apurar ameaças de morte contra Raimundo Belmiro dos Santos, líder da reserva extrativista Riozinho do Anfrísio. Ele também quer que seja investigada a invasão da reserva por madeireiros para extração ilegal de espécies de grande cotação no mercado internacional. Segundo denúncia encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF), os madeireiros teriam encomendado a um pistoleiro a morte de Santos por R$ 80 mil. A PF já sabe quem é o pistoleiro, mas não revela o nome.
"Nosso dever é tentar impedir que essa seja mais uma morte anunciada no Pará. Não dá para aceitar isso", disse à reportagem o procurador da República, Bruno Alexandre Gütschow, que substitui Cláudio Amaral, de licença até o dia 12. Para Gütschow que defende o sigilo da investigação para não atrapalhar o trabalho policial, a situação na reserva "é grave" e exige providências imediatas das autoridades.
Grileiros de terra, madeireiros e pistoleiros estão pressionando as famílias para que deixem a região, mas encontram forte resistência. "Daqui não saio nem arrastado. Só se for dentro de um caixão", afirma Santos, de 45 anos, nove filhos. Além dele, outro ameaçado é Herculano Porto, de 70 anos, tio de Santos.
No documento em que pede a instalação do inquérito, o procurador recomenda que Raimundo Belmiro seja ouvido pela PF e que o Instituto Chico Mendes (ICMBio), responsável pela administração da reserva, envie todas as informações e documentos que têm sobre as invasões de madeireiros e a presença de pistoleiros.
Na área de 736 mil hectares, encravada entre os rios Xingu e Iriri, na chamada Terra do Meio, moram cerca de 200 famílias que sobrevivem da extração de látex, castanha, andiroba e copaíba. A reserva foi criada em novembro de 2004 por decreto assinado pelo ex-presidente Lula. 
Em Marabá e Belém, os procuradores da República Tiago Rabelo, Ubiratan Cazetta e Felício Pontes Júnior pediram em ofícios encaminhados à Secretaria Executiva de Segurança Pública e à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos a inclusão em programas de proteção dos familiares de Zé Cláudio e Maria do Espírito Santo, assassinados há três meses depois de várias ameaças.
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Caso Veja: Polícia já tem vídeo do repórter e da camareira

Polícia já tem vídeo do repórter e da camareira


Imagens de Gustavo Ribeiro, de Veja, que tentou entrar no quarto de Zé Dirceu, estão em poder do delegado Laércio Rossetto; repórter será intimado; gerente e camareira relataram invasão de domicílio; pena é de um a três meses

247  – A Polícia Civil do DF vai ouvir o repórter da Veja Gustavo Ribeiro e o ex-ministro José Dirceu sobre a denúncia de violação de domicílio do quarto do petista no Hotel Naoum na semana passada. Sob comando do delegado-chefe da 5ª delegacia, Laércio Rossetto, a polícia já ouviu o chefe de segurança e a camareira do hotel envolvidos no caso.
O convite ao repórter e a Dirceu será feito ainda esta semana, segundo Laércio. Assim como os funcionários do hotel, eles serão ouvidos na própria delegacia. O Hotel Naoum já entregou à polícia imagens do circuito interno de Gustavo Ribeiro no mesmo andar em que Dirceu esteve hospedado na semana passada.
“A gente precisa ouvir o jornalista. O comparecimento do Gustavo é uma oportunidade para ele se explicar. Sabemos que ele esteve lá, já vimos a imagem dele e a fatura. Não estamos acusando, estamos apurando”, disse Laércio ao Brasil 247. O repórter de Veja ficou hospedado em uma suíte no hotel ao lado da de Dirceu.
Segundo o boletim de ocorrência registrado na 5ª Delegacia de Polícia do DF na última quinta-feira, 25, Gustavo Ribeiro tentou convencer uma camareira do hotel a abrir o quarto ocupado por Dirceu, alegando ser o hóspede e ter perdido as chaves. A camareira não atendeu ao repórter e comunicou à segurança do hotel, fazendo com que o jornalista deixasse o hotel sem fazer o check-out.
No final de semana, a revista Veja publicou matéria, em que acusa Dirceu de manter um “gabinete” no hotel, onde recebe políticos, e de conspirar contra o governo da presidente Dilma Rousseff.
A reportagem traz fotos do corredor do hotel, em que Dirceu aparece, em momentos diferentes, ao lado de senadores e deputados; do presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, e do ministro de Desenvolvimento Econômico, Fernando Pimentel. O hotel afirma que as imagens divulgadas não são de suas câmeras de segurança e acusa a revista de grampo ilegal.
Segundo Laércio, o Hotel Naoum entregou gravações do circuito interno do dia em que foi prestada a queixa. À polícia, o hotel afirmou que não há registro que comprove o diálogo entre o jornalista e a camareira e que ele teria ocorrido em um “ponto cego”. O delegado aguarda ainda as imagens feitas nos outros dias em que Dirceu esteve hospedado.
Mesmo de posse de algumas imagens, Laércio não confirmou se as fotos divulgadas pela Veja são diferentes das capturadas pelas câmeras do hotel. Segundo o delegado, a Polícia Civil vai investigar somente a tentativa de violação de domicílio, e não o suposto grampo da revista ou as conversas entre políticos e Dirceu. O pedido das imagens é para apurar se houve outras tentativas ou até mesmo uma invasão ainda não divulgada.
“A gente não está procurando saber por que as pessoas estiveram com Dirceu. Se for para investigar formação de quadrilha, como diz a matéria, não é no âmbito da Polícia Civil. O Ministério Público que teria que acionar a Polícia Federal. A violação de domicílio é um tipo de crime que, quando chega para a Polícia Civil, é nosso dever investigar”, declarou Laércio.
O delegado afirmou que é necessário que Dirceu confirme que esteve hospedado no quarto, uma vez que a reserva é feita no nome do escritório de advocacia Tessele & Madalena. Ao contrário do que afirmou a revista, o andar da suíte ocupada não é de acesso restrito a pessoas autorizadas. “Existe o acesso até por escada”, disse Laércio.
A investigação deverá ser concluída em menos de um mês. Segundo Laércio, até agora, não há necessidade da entrada da Polícia Federal no caso. “Num primeiro momento, não há nada que pode envolver bens e serviço de interesse da União. Se as pessoas que se encontraram com Dirceu, por ocuparem cargos públicos, acharem que sim, eles deveriam fazer a demanda à PF”, afirmou.
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Milagres da Politica: Jaqueline Roriz escapa

Sob vaias e aplausos no plenário da Câmara dos Deputados, Jaqueline Roriz escapou com “folga” da cassação na noite desta terça-feira 30. Foram 166 votos favoráveis a perda do mandato da deputada distrital, 265 contra e 20 abstenções.
Para a cassação, recomendada pelo Conselho de Ética, eram necessários ao menos 257 votos do total de 513 deputados, protegidos pelo sigilo da votação.
Em 2006, Roriz foi filmada recebendo dinheiro de Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal e delator do mensalão do DEM, escândalo que derrubou o então governador José Roberto Arruda. Pouco depois, ela admitiu que a quantia seria usada no caixa dois de campanha.
No entanto, a deputada alegou em sua defesa que o ato havia ocorrido antes de sua eleição e, portanto, não poderia ser cassada pelo mesmo.
No plenário, Jaqueline criticou a ação da mídia no caso e a decisão do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, de apresentar um parecer pela abertura de uma ação penal contra ela sem ouví-la.
Jaqueline Roriz é filha do ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz, que em 2007 renunciou ao cargo de senador por suspeitas de irregularidades.
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Na Bolívia, Lula exalta crescimento da América Latina

Em visita à Bolívia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o crescimento econômico da América Latina é consequência da implantação de "governos progressistas" na região. Segundo ele, "nunca, em 500 anos", houve "tantos governos progressistas" na América Latina capazes de construir uma nova economia.


 

Lula afirmou que, ao chegar ao poder, em 2003, firmou como um de seus objetivos mudar a geografia econômica da América do Sul
Lula atribuiu isto ao processo de mudança vivido na região desde os anos 2000. Ele destacou que, antes de assumir a Presidência do Brasil, em 2003, o único governo progressista era o de Hugo Chávez, na Venezuela. O brasileiro recordou que estas mudanças, inclusive no Paraguai, Argentina, Uruguai, Bolívia, Chile e Equador, permitiram abrir novos horizontes no modelo econômico local.
Segundo ele, o Brasil começou a dar preferência para as relações comerciais com os países da região e, como consequência, o intercâmbio com a América do Sul em 2010 foi de US$12 bilhões. Atualmente, as trocas chegam a US$ 83 bilhões, de acordo com Lula.
O ex-presidente chegou ontem à Bolívia para uma visita de dois dias. Ele discursou para milhares de jovens em um complexo esportivo de Santa Cruz. Lula também se reuniu com o presidente boliviano, Evo Morales, por cerca de uma hora. O presidente da nação vizinha considerou o brasileiro um mentor e um conselheiro político.
Na ocasião, Morales ainda destacou a "liderança do Brasil" na América Latina e a necessidade de fortalecer a integração e as políticas sociais regionais. "O Brasil é um irmão mais velho. Reconhecemos sua liderança na região", disse o presidente boliviano.
Lula deve participar nesta terça-feira (30) de um fórum econômico patrocinado pela construtora OAS, responsável pela obra de uma estrada que vem recebendo críticas da comunidade indígena boliviana. A rodovia cruzará de norte a sul o Parque Nacional Isiboro Sécure, a maior reserva florestal do país, cujos rios são uma importante fonte de água doce da América do Sul.
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Manifestações em Washington contra as grandes petrolíferas

Estadunidenses protestam contra oleoduto de 2.700 km que a TransCanada Corp. quer construir entre o Canadá e o Golfo do México.

Por Amy Goodman, no Democracy Now!

A Casa Branca sofreu uma sacudida nesta terça-feira (23), não só por conta do terremoto de magnitude 5,8 na escala Richter, mas também pelos crescentes protestos em frente à casa presidencial. Os manifestantes se opõem ao projeto do oleoduto Keystone XL, desenhado para transportar óleo cru das areias betuminosas (de onde se explora o petróleo) de Alberta, Canadá, a refinarias da Costa do Golfo do México, nos Estados Unidos.
Os manifestantes, que praticam a desobediência civil esperam provocar o colapso não só do projeto de oleoduto, como também ameaçar a dependência de combustíveis fósseis que estão acelerando a mudança climática.
Nill McKibben foi um dos presos. McKibben é o ambientalista e criador do grupo 350.org, que se refere ao limite de segurança da quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, no caso 350 ppm (partes por milhão). Atualmente, O planeta possui 390 ppm.
No chamado para se somar ao protesto, McKibben, junto a personalidades como a periodista Naomi Klein, o ator Danny Glover e o cientista da Nasa, James Hanse, afirma que o oleoduto de Keystone “equivale a acender o pavio da maior bomba de carbono do planeta. Assim, precisamos que o Presidente Barack Obama e o resto do governo centrem muito mais atenção na mudança climática”.
O movimento de oposição a Keystone XL abarca de ativistas e cientistas até povos indígenas das planícies e florestas boreais que correm perigo no Canadá, onde se encontram as areias betuminosas, passando por produtores rurais e agropecuários da região ecologicamente vulnerável de Sand Hills em Nebraska, estudantes e médicos.
Obama tem o poder de deter a construção do oleoduto. A empresa canadense que está por trás do projeto, TransCanada, pediu uma permissão ao Departamento de Estado dos Estados Unidos para construir o oleoduto. Se o Departamento de Estado negar a permissão, o oleoduto Keystone estará morto. A grande devastação ambiental provocada pela extração de petróleo das areias betuminosas continuaria, mas sem fácil acesso às refinarias e ao mercado estadunidenses, assim o processo inevitavelmente demoraria.  
Duas mulheres canadenses, a atriz indígena Tantoo Cardinal, que protagonizou o filme “Dança com Lobos” e Margot Kidder, que fez o papel de Lois Lane em “Superman”, foram presas juntas a mais de 50 pessoas pouco antes do terremoto que sacudiu a costa leste.
De Washington, McKibben falou: “Será preciso mais de um terremoto ou furacão para nos amedrontar. Ficaremos aqui até o dia 3 de setembro”. E continuou “Temos a esperança de gerar um tremor de magnitude 8 na escala Richter no sistema político no dia em que Obama diga ‘não’ aos grandes projetos petrolíferos e nos lembre a todos porque nos alegrou tanto com sua eleição. O oleoduto das areias betuminosas é a prova a qual deverá se submeter”, concluiu.
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Ordem mundial apresenta falência múltipla de órgãos

Se temos US$ 20 trilhões para cobrir rombos causados pela desonestidade de autoridades, banqueiros, industriais e intelectuais cooptados nos meios acadêmicos, por que não haveríamos de ter igual montante ou mesmo o seu triplo para promover a verdadeira revolução do conhecimento? 

Por Washington Araújo na Carta Maior

Os Estados Unidos se preparam diligentemente para recepcionar o furacão Irene em seu território. Campanhas de evacuação das populações foram elaboradas e seguidas à risca. Utilização massiva dos meios midiáticos deflagrou a mais ampla campanha para prevenir a interrupção de vidas. Personagens frágeis do cotidiano humano receberam especial atenção, como os idosos nos asilos e as crianças nos orfanatos, para serem realocados em lugares que lhes oferecessem maior grau de segurança às suas vidas.
Como era de se esperar, a própria população estadunidense se mobilizou para proteger seus bens móveis e imóveis, fazendo florescer novos negócios como o que oferecia placas de madeira (compensada) para guarnecer janelas, portas e vitrines nos últimos dias. Serviços de guinchos para prender em terra firma automóveis e traillers trabalharam com sobrecarga. Vôos foram cancelados aos milhares, chegando ou partindo de diversas cidades do país. Estações dos trens metropolitanos foram fechadas. E a população foi instada a não sair de suas habitações.
Autoridades governamentais – como o presidente Obama e o prefeito de New York Bloomberg - se revezaram em ecoar repetidas advertências sobre o perigos que espreitavam sua população e seus bens com a chegada do Irene à costa norteamericana.
A cada um o que é seu: Riqueza para os ricos, miséria para os miseráveis?
Uma nação tão acostumada a explorar os recursos naturais do planeta como se estes fossem absolutamente inesgotáveis se rendia ante a – sabe-se agora tímida –resposta da natureza . A vida ordenada das cidades e do país recebeu algo como um freio de arrumação em grande estilo. A precariedade dos recursos materiais para preservar vidas e bens mostraram toda a sua vulnerabilidade e mostrou o que já aparecia no horizonte de nossa história moderna: a urgência de uma mudança nas prevalecentes concepções materialistas de desenvolvimento, concepções equivocadas e ruinosas em sua explícita incapacidade para diminuir a pobreza no mundo.
Em meio ao furacão econômico que em setembro de 2008 engolfou a nação norteamericana, gerando desemprego em grande escala, estagnando a atividade econômica, desorganizando o sistema financeiro internacional e transbordando suas mais perniciosas conseqüências para o Velho Continente, a Europa, que ora se debate em retirar conquistas que multidões de trabalhadores arduamente conseguiram conquistar ao longo de séculos de luta, sofrimentos e mortes. O materialismo, seja convenientemente definido – pintado com as tintas da opressão - ou oculto em conclusões implícitas, tem bem pouca chance de sobreviver a não ser que coloque a atividade econômica no centro da existência humana.
A cada nova crise – seja de natureza econômica, moral, espiritual – torna-se evidente o que já passa a ser consenso geral que somente o entendimento de que precisamos recriar uma nova consciência, enquanto espécie humana, sobre o verdadeiro papel da geração e da aplicação do conhecimento processo indispensável e mesmo essencial à existência social. É chegado o momento de considerar a atividade econômica não mais como um fim em si mesma.
Os dilemas criados pela criação da riqueza e sua distribuição eqüitativa continuam a produzir monstruosas desigualdades, a classificar a humanidade em dois principais estratos: ( a) humanidade de primeira classe, com acesso a todo tipo de riqueza, da saúde ao trabalho, do conhecimento ao lazer – e (b) a humanidade de segunda classe, com acesso a toda forma de exploração do homem pelo homem e em seu milenar papel de massa de manobra de governantes essencialmente autoritários e autocentrados (egocêntricos).
Estado criminoso, sociedade delinqüente?
Ao observador minimamente imparcial da cena internacional salta aos olhos constatar as imensas divergências entre as ações tomadas para prevenir os efeitos do furacão Irene e as ações não tomadas para prevenir os efeitos da ponta do iceberg da chamada falência econômica das nações mais desenvolvidas, ricas e arrogantes do planeta. Podemos listar alguns candentes contrastes:
1. As populações que foram ao longo de décadas seduzidas pelos ganhos de capitais especulativos, na melhor das hipóteses, e inexistentes em sua versão mais realista, nunca foram advertidas da gravidade das fraudes em que estavam se metendo
2. As populações que tanto foram orientadas a abandonar lugares de risco por onde chegaria o Irene representam parte mínima da população que deixaram de ser orientadas a não aplicar as poupanças acumuladas ao longo de suas vidas em instituições financeiras inescrupulosas, que manipulavam seus demonstrativos financeiros como se estivessem brincando com peças do brinquedo Lego.
3. As populações que tanto foram orientadas a não saírem de suas habitações ante a passagem do furacão foram sugadas sem dó nem piedade pelo olho do furacão econômico, que levou pelos ares portentos financeiros como o Lehmann Brothers, a seguradora AIG – American International Group, a maior do mundo no segmento e com rombo inicial de US$ 50 bilhões, empresas imobiliárias como Fannie Mac, Freddi Mac, além de governos e populações como os da Grécia, da Espanha, de Portugal e mais um pouco da Itália, Irlanda e mesmo França
4. Se os principais símbolos do poder governamental – o presidente Obama e o prefeito Bloomberg – foram ágeis em escancarar para o populacho os perigos do Irene, falharam escandalosamente em fiscalizar a ação de seus prepostos na economia, o Federal Reserve Bank, os organismos reguladores do sistema bancária que, ao contrário do se podia esperar, concederam selo de normalidade e legitimidade a todo o tipo de falcatruas bancárias-financeiras, incitando milhões de cidadãos a perdessem suas casas e empregos. A verdade é que os Estados Unidos ficaram mais pobres para os seus pobres. E mais rica para seus ricos, os reais causadores das crises sistêmicas.
5. Os mesmos zelosos governantes que ordenaram que os metrôs não circulassem, que quarteirões inteiros fossem fechados ao trânsito, que idosos e crianças foram realocados foram completamente irresponsáveis – quando não criminosos mesmo – em torrar em questão de dias nada menos que US$ 20 trilhões para combater a crise por eles mesmos gerada, monitorada e sempre prestes a explodir. O que não se poderia fazer com 20 trilhões de dólares para mitigar a fome, a miséria e o desespero de mais que 1/3 da humanidade, sobrevivendo em condições subumanas, submetidas que são a todo tipo de violação de seus direitos humanos fundamentais?
Os inequívocos sinais de “falência múltipla de órgãos”
A falta de perspectivas, o desemprego, o gosto amargo da desesperança que irmana populações de países que há tantas décadas desfrutavam das melhores e mais invejáveis condições de bem-estar social e que, de um momento para outro, questão de dois a três anos apenas, passam a conviver com o pesadelo diário da sobrevivência, tendo que se adaptar a rigorosos e até então inimagináveis ajustes fiscais que, como só poderíamos esperar, penalizam as classes mais fragilizadas das populações: os aposentados com cortes abruptos em seus benefícios, as crianças e os jovens vendo se perder na distância das gerações a qualidade de ensino pela qual tanto seus pais e avós lutaram, os enfermos e os subnutridos se defrontando com sistemas de saúde que, ainda deficitários, apresentam inequívocos sinais de “falência múltipla de órgãos”.
Os mesmos senhores que advertem seus povos contra El Niño, Katrina, Ivan, Rita, o atual Irene e tantos outros, são os mesmos senhores que travam as guerras, invadem países sem qualquer base legal ou moral, rasgam a Carta das Nações Unidas, colocam seus jovens na linha de frente para morrer em guerras injustas e fabricadas para atender aos caprichos do acúmulo rápido de riquezas, como os que vivem das indústrias de armamentos e de “empreiteiras especializadas em reconstruir países transformados em ruínas”. São os mesmos senhores que mantêm corrosivas relações de políticos, agentes reguladores e luminares da Academia.
A única alternativa viável (e possível) para que reescrevamos uma nova história humana está no discernimento dos líderes mundiais no sentido de que somente através do empoderamento das massas da humanidade, facilitando-lhe por todos os meios acesso ao conhecimento e sua conseqüente aplicação na solução dos problemas atuais, poderá florescer realmente uma solução duradoura. Se temos US$ 20 trilhões para cobrir rombos causados pela desonestidade de autoridades, banqueiros, industriais e intelectuais cooptados nos meios acadêmicos, por que não haveríamos de ter igual montante ou mesmo o seu triplo para promover a verdadeira revolução do conhecimento, aquela que capacita e empodera as massas para levar avante seu próprio destino?
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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Vereador de Santarém defende instalação de CPI da Rede Celpa

O vereador Carlos Jaime (PT) criticou, hoje, a concessionária de energia elétrica Rede Celpa pelas constantes oscilações e falta de energia. Jamie lembrou que a empresa é a campeã de reclamações no PROCON Municipal.
O vereador indagou se a privatização da distribuição de energia elétrica foi feita para atender interesses de altos lucros destas empresas ou a melhor prestação dos serviços à população consumidora?.
Segundo parlamentar, "há necessidade da criação de uma CPI para apurar as denúncias feitas junto ao PROCON e a ANEEL, contra a Rede CELPA. Por que não a Câmara Municipal de Santarém, que é a representante legítima da população, criar uma CPI para a Rede CELPA"?
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Dilma na Faculdade de Medicina em Garanhuns-PE

CHARGE


Piñera do Chile, o Cerra que deu certo

Friedman e Pinochet, o Velho e o Novo Testamento Neoliberal

Saiu na Folha pág A2:

“Modelo Novo”, artigo de Vladimir Safatle, sempre indispensável.

Ele rememora o papel destruidor dos Chicago Boys do Pinochet e sua Teologia Neoliberal.
Como diz Safatle: “o Chile foi o laboratório para as políticas neoliberais que, nos anos 90, assolaram Argentina, Brasil, Venezuela, Equador e outros países”.
Os Chicago Boys, discípulos do americano Milton Friedman da Escola de Chicago (de inúmeros discípulos  no Brasil – PHA), na ditadura Pinochet – lembra Safatle – pôs “em marcha um processo de retomada econômica com desigualdade e fratura social”.
Pinochet e os jenios pioneiros do neoliberalismo tentaram recompor a economia chilena à custa da privatização da educação e da previdência.
Famílias pobres chilenas têm que escolher qual dos filhos vai à universidade, porque não podem pagar as pesadas taxas para todos os filhos.
Hoje, diz ele, o Chile volta a fornecer uma nova dinâmica de lutas políticas na América Latina, diz Safatle.
São os jovens que vão para as ruas exigir educação pública de qualidade.
A maioria dos chilenos – 77% – concorda com os jovens.
A popularidade do presidente neoliberal post-pinochetista (PHA) Piñera são fulgurantes 26%!

Como se sabe, quem introduziu o neoliberalismo no Brasil foi o Farol de Alexandria.
Ele mandou André Lara Resende ao Chile para copiar o modelo de privatização da Previdência.
(Resende procurou este ansioso blogueiro, um “formador de opinião”, para “vender” a ideia.)
A Teologia neoliberal produziu uma grande obra teórica no Brasil.
A mais consistente, a Suma Teológica Neoliberal brasileira, como se sabe, é a da urubóloga Tomás de Aquino Leitão.
O Presidente Piñera é o Cerra que deu certo.
Ele se elegeu presidente e conquistou a alma do povo chileno.
Especialmente dos jovens chilenos. 

Em tempo: por falar em neoliberalismo e Cerra, explodiu outro bueiro da Light nesta terça-feira, no Rio
Quem vendeu a Light foi o Cerra.
Quem revendeu foi o Aécio. 

Paulo Henrique Amorim
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REDE CELPA NO TOPO

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, a Celpa é a campeã nacional de apagões. Em 2010, foram registradas 14 milhões de ocorrências de quedas de energia no Pará.

As denúncias vão desde interrupções no fornecimento da energia sem motivos plausíveis à morte de trabalhadores rurais por causa da má conservação das vias elétricas.

A deputada estadual Bernadete tem Caten (PT-PA) quer uma CPI para investigar as graves denúncias, ainda mais porque a tarifa é tão cara.
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Empresa de parentes do governador Alckmin (PSDB) é acusada de fraudar prefeitura

Uma empresa de familiares de Lu Alckmin, mulher do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), é investigada sob suspeita de ter se beneficiado de uma fraude de R$ 4 milhões contra a Prefeitura de São Paulo.O rombo do esquema de fraude no pagamento de outorga onerosa já totaliza R$ 41 milhões até agora.
Segundo a prefeitura, a Wall Street Empreendimentos e Participações Ltda. falsificou documentos para pagar um valor menor de outorga onerosa, uma taxa cobrada para autorizar a construção de prédios altos do edifício Royal Street, na av. Brigadeiro Faria Lima, área nobre da zona oeste paulistana.
O licenciamento da obra correu na prefeitura entre 1994 e 1999, quando foi efetuado o pagamento.
Os sócios da Wall Street são Maria Paula Abreu Cesar Ribeiro, Adhemar Cesar Ribeiro Filho e Othon Cesar Ribeiro. Maria Paula é mulher de Adhemar Cesar Ribeiro, irmão de Lu Alckmin e procurador da empresa. Em 2006, ele participou da arrecadação da campanha de Alckmin à Presidência.
Alckmin é adversário político do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD). A fraude apontada teria sido efetuada na gestão do então prefeito Celso Pitta, já morto.
A prefeitura, em 2000, chegou a notificar a Polícia Civil sobre indícios de fraude, mas as investigações não avançaram. Na época, Alckmin era vice-governador.Em 2001, já na gestão de Marta Suplicy (PT), a própria prefeitura arquivou o caso.A suposta fraude voltou a ser investigada, segundo Edilson Bonfim, corregedor-geral de São Paulo, na quinta-feira, quando ele recebeu uma denúncia anônima.Ontem, em entrevista coletiva, Bonfim detalhou o esquema de fraude, mas não relacionou o caso com parentes do governador. Informou apenas o nome da empresa e o endereço do imóvel.
O ESQUEMA
De acordo com o corregedor-geral, a Wall Street fraudou o valor do metro quadrado que constava do carnê do IPTU do imóvel com o objetivo de enganar os técnicos da prefeitura e conseguir aprovar o empreendimento pagando um valor menor pela construção do prédio.
Segundo Bonfim, a empresa deveria ter recolhido R$ 4,2 milhões pelo direito de construir um prédio de 4.100 metros quadrados, mas pagou apenas R$ 184.744.O rombo do esquema de fraude no pagamento de outorga onerosa já totaliza R$ 41 milhões até agora.
Foram identificados dois tipos de fraude. A falsificação da guia do IPTU para reduzir o valor da outorga onerosa atingiu apenas a Wall Street.No outro tipo de fraude, as construtoras exibiam guias verdadeiras do pagamento da taxa, mas com a autenticação do banco falsificada.
Como a prefeitura não tem sistemas de controle eficientes e não fazia checagem dos documentos, os alvarás de aprovação das obras eram emitidos mesmo sem que o dinheiro tivesse caído na conta do município.
As construtoras acusadas de terem se beneficiado do esquema são Odebrecht, Zabo, Onoda, Porte e Marcanni .
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#Fora Ricardo Teixeira, em estádios do Nordeste ao Sul (com vídeo)



A torcida do Ceará, em Fortaleza

A torcida do Palmeiras, no interior de São Paulo

A torcida do Figueirense, em Florianópolis.

CHARGE


O crédito desmatamento


Empréstimos, principalmente públicos, sustentam a devastação.

 Na amazônia, a expansão da fronteira agrícola criou o marco geo-gráfico do “Arco do Desmatamento”. É lá que avança a substituição da cobertura florestal pela produção agropecuária. Um processo caro que exige enormes somas de financiamento. E o pior: na sua maioria, o dinheiro tem saído dos cofres de bancos públicos. É o que aponta estudo inédito do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), coordenado pelo pesquisador Paulo Barreto e obtido com exclusividade por CartaCapital.
Segundo o levantamento, os dados do Banco Central mostram o aumento espetacular do crédito rural no bioma Amazônia entre 1997 e 2009, apesar de algumas oscilações. Nesse período, foram concedidos cerca de 35 bilhões de reais por meio de, aproximadamente, 2 milhões de contratos. No restante da Amazônia Legal fora do bioma, foram emprestados outros 43 bilhões de reais em 1,25 milhão de contratos. Os pesquisadores ressaltam que a queda do volume de crédito entre 2005 e 2008 coincidiu com a baixa dos preços do gado e da soja. A redução não teria, portanto, relação direta com a mudança da política de crédito adotada pelo governo federal para tentar diminuir o desmatamento, mas com uma contingência econômica. “Análises recentes mostram que o crédito rural estimula o desmatamento na Amazônia, apesar de as regras proibirem o crédito para a derrubada de florestas”, escrevem os pesquisadores. “O crédito amplia o desmatamento por causa do subsídio para as atividades agropecuárias e falhas de controle dos próprios bancos e órgãos ambientais.”
Nos anos 1970 e 1980, quando se iniciou o projeto de ocupação da Amazônia, o principal financiador do desmatamento era o próprio Estado. Pressões à época levaram à suspensão da política do financiamento direto da devastação e, em 1991, as instituições federais comprometeram-se a exigir dos clientes o cumprimento de leis ambientais por meio do Protocolo Verde. Após 1992, o compromisso com sustentabilidade passou a fazer parte dos manuais de responsabilidade socioambiental do setor financeiro, especialmente as regras do Protocolo do Equador. Acontece que, mostra o Imazon, persistiu a “correlação entre crédito rural e desmatamento na Amazônia na última década”.
Para tentar conter a fonte financeira da destruição da floresta, em fevereiro de 2008 o Conselho Monetário Nacional (CNM) publicou a Resolução 3.545, que passou a exigir comprovantes de regularidade ambiental para a concessão de crédito rural no bioma da Amazônia. A medida teve, até agora, pouco sucesso. A torneira do financiamento continuou aberta, segundo Barreto. O estudo afirma que o crédito influencia o desmatamento tanto pelo volume de recursos e contratos concedidos quanto pelo perfil das atividades financiadas. A maioria dos recursos liberados pelos bancos estimulou atividades agropecuárias associadas ao desmatamento.
A pecuária, que ocupa, aproximadamente, 75% das áreas desmatadas da região, recebeu 13,6 bilhões de reais, ou 39% do total financiado, entre 1997 e 2009. Um exemplo recente é o caso ocorrido em 16 de julho, quando foi assinado um compromisso entre o Banco do Brasil, o Banco da Amazônia e o governo do estado de Rondônia para a liberação de 440 milhões aos pecuaristas. O financiamento teria por objetivo fortalecer a cadeia do leite, a agroindustrialização e a recuperação de pastagens. Mas não foram estabelecidos compromissos para reflorestar áreas desmatadas.
Um dos casos mais graves de financiamento seria o crédito a criadores de gado

Em várias áreas, as placas anunciam grandes obras industriais. Foto: Felipe Milanez
cujas propriedades estão localizadas na região da chamada “terra do meio”, próximo ao Rio Xingu. Só em 2010, foram devastados mais de 14 mil hectares da Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu, região de preservação que registrou o mais alto nível de desmatamento no Brasil (25% destruídos). Na falta de um “plano de manejo” da área, onde é possível ter propriedades individuais, os pecua-ristas fazem desmatamentos irregulares.  Mesmo assim, aponta Barreto, conseguem crédito para financiar a pecuária. Dinheiro para comprar gado, por exemplo, cujo pasto está localizado em área desmatada. Ainda que o dinheiro não seja usado diretamente para o desmatamento, destina-se ao produto dessa devastação.
O estudo indica que o crédito subsidiado tende a aumentar as atividades financiadas mais do que ocorreria sem subsídio e pode estimular indiretamente o desmatamento. Um exemplo dado pelo Imazon é de um fazendeiro que pode desmatar novas áreas com capital próprio, pois sabe que obterá bons rendimentos com o crédito para comprar o rebanho. Na Transamazônica, pequenos produtores em assentamentos rurais desmataram mais do que aqueles fora dos assentamentos e sem crédito.
Ao mesmo tempo, falta dinheiro para o trabalho com a floresta. “O crédito para o setor florestal (reflorestamento e manejo de florestas nativas) somou apenas 0,8% do total ou 284 milhões de reais. Portanto, o enorme valor dos recursos subsidiados e a predominância do apoio à agropecuária indicam um forte potencial de estimular o desmatamento legal ou ilegalmente”, anotam os pesquisadores do Imazon.
É o que ocorre, por exemplo, no assentamento agroextrativista Praia Alta Piranheira, ao sul do Pará, na cidade de Nova Ipixuna. Foi lá que, em 24 de maio, foram assassinados José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo. Em um projeto cuja destinação é agroextrativista, atividades agropecuárias são toleradas, desde que não ultrapassem 20% da propriedade. Acontece que, na parte financeira, é só esse ramo, e não o florestal ou o extrativismo, a receber subsídios.
José Maria Gomes Sampaio, o Zé Rondon, cunhado de Maria, reclama da falta de incentivo à atividade florestal. Quando quis transformar parte da mata em pastagem e criar um pouco de gado para leite, dentro da área permitida, Zé Rondon conseguiu crédito do Pronaf no Banco da Amazônia. Foram 14 mil reais, dinheiro que, diz ele, “foi direto para pagar o trator e a compra do gado”. Mas em todas as tentativas de financiar a coleta de castanha, de andiroba e outros produtos florestais, e investir em equipamentos para extração dos óleos que agregariam valor ao extrativismo, não teve o mesmo sucesso. “Para trabalhar com a floresta, nunca consegui um tostão. Nem para fazer um plano de manejo. Dinheiro, só para mexer com gado.”
No mesmo assentamento, mantém-se a produção ilegal de carvão vegetal de mata nativa, destinado ao polo siderúrgico de Carajás. Mesmo que consumam carvão sem origem comprovada, Oduval Lobato Neto, gerente-executivo- do Banco da Amazônia, admite que o banco financia seis usinas produtoras de ferro-gusa. Segundo ele, todos os projetos contratados estão em conformidade com a sua política socioambiental e a legislação ambiental vigente. Embora quatro usinas financiadas pela instituição tenham sido fechadas em razão de multas ambientais, e duas, a Cosipar e a Sidepar, em atividade, tenham recebidos notificações recentes por causa do consumo de carvão ilegal, irregularidade pela qual são processadas pelo Ibama. Todas as guseiras estão em negociação com o Ministério Público Federal, em Marabá, para assinar um termo de ajustamento de conduta. O MPF chegou a ingressar com ações no início do ano contra o Banco do Brasil e o Banco da Amazônia. “O sistema financeiro precisa assumir a sua responsabilidade”, afirma o procurador Ubiratan Cazetta.
Segundo a procuradoria, o dinheiro público tem sido utilizado para financiar o desmatamento. “Desvendou-se, de forma factual, que as propagandas de serviços e linhas de crédito que abusam dos termos ‘responsabilidade socioambiental’ e ‘sustentabilidade’ não retratam essa realidade nas operações de concessão desses financiamentos a diversos empreendimentos situados na Amazônia, que em sua maioria são subsidiados com recursos dos Fundos Constitucionais de Desenvolvimento e de outras fontes da União”, anota o Ministério Público nas ações. A ação tinha o objetivo de impedir que os bancos emprestassem a produtores irregulares.
O Banco do Brasil, que assumiu algumas falhas, informa ter tomado providências. Uma regulamentação interna estabeleceu uma medida que o diretor de crédito, Walter Malieni Jr., chama de “segregação”: a agência local não avalia créditos acima de 800 mil reais. Valores altos devem ser analisados por outras agências. Isso- impede, explica Malieni, a -pressão sobre o gerente. “O processo fica mais longo, aumenta o prazo de desembolso.” Outra medida, diz o executivo, visa- evitar empréstimos concedidos por agências da base domiciliar de empresas e pessoas físicas fora do bioma. Seria um modo indireto de financiar- -atividades na Amazônia.
Do total de crédito concedido na Amazônia pelo BB em 2011, 49% financiou a agricultura, enquanto cerca de 30% foi destinado ao Pronaf e 21% à pecuária. Malieni afirma que, neste ano, 23% dos 2.085 pedidos de crédito foram devolvidos.
Já o Banco da Amazônia contestou a ação proposta pelo Ministério Público. O banco nem tomou novas medidas de proteção ao sistema de crédito nem sofreu condenação judicial pelas práticas. O principal foco de financiamento do Banco da Amazônia é a agricultura familiar, responsável 74,4% de suas operações.
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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Torcidas cobram saída de Teixeira

Protesto Teixeira 700

As torcidas prometeram e cumpriram. Neste domingo (28), houve protesto nos estádios do Brasil contra o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Os torcedores dos principais times do Campeonato Brasileiro distribuíram panfletos e levaram faixas e cartazes pedindo a saída do cartola do comando da entidade máxima do futebol nacional.

Todos os clássicos realizados às 16h contaram com manifestações pacíficas contra o dirigente. As torcidas abusara da criatividade. No Gre-Nal, os colorados levaram letras que formaram o pedido de saída de Ricardo Teixeira.
No Engenhão, no duelo entre Flamengo e Vasco, muitos cartazes dos dois lados das arquibancadas apareceram, enquanto em Presidente Prudente, no confronto entre Palmeiras e Corinthians, a torcida alviverde fez lindo mosaico pedindo para que Ricardo Teixeira deixe a presidência da CBF.
Entenda melhor o protesto
A Conatorg (Confederação Nacional das Torcidas Organizadas) imprimiu 120 mil panfletos com o título “Copa do Mundo no Brasil com Prestação de Contas e sem Ricardo Teixeira”.
No texto, distribuído nos estádios, os torcedores pedem que a transparência seja o foco da entidade que rege o futebol nacional. O panfleto começa com os seguintes dizeres.
- As Torcidas Organizadas de todo o país vêm a público manifestar o seu repúdio sobre as denúncias feitas contra o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Em junho, 27 Torcidas aprovaram a campanha Copa com Prestação de Contas e sem Ricardo Teixeira.
O presidente da Conatorg, Wildner Rocha, que também é membro da torcida corintiana Gaviões da Fiel, é um defensor da saída de Ricardo Teixeira e quer uma mudança no quadro político do futebol brasileiro.
- O preparo do manifesto está em andamento e o material, em término. Todos os Estados estão mobilizados. As motivações que nos levaram a se posicionar assim são as duas CPIs contra o Ricardo Teixeira, uma série de denúncias, o balcão de negócios que virou a CBF. Também queremos uma nova regulamentação da CBF e possivelmente uma nova administração na CBF.
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Em entrevista ao jornalista Juca Kfouri Socrates diz que transplante não será necessário

Redação Carta Capital

Em entrevista ao jornalista Juca Kfouri, da Folha de São Paulo, Sócrates afirmou que seu fígado não está completamente comprometido e que o transplantes talvez não seja necessário. Sócrates, ex-jogador e colunista de CartaCapital, hospitalizado há mais de uma semana devido hemorragia causada por problemas no fígado, afirmou que quer trabalhar na conscientização das pessoas em torno do transplante de fígado. 
Doutor Sócrates, como é conhecido, formou-se em medicina. É colunista da CartaCapital, do “Agora São Paulo”, do Grupo Folha, e comentarista na TV Cultura. Jogou no Botafogo de Ribeirão Preto, Corinthians, Flamengo, Santos e Fiorentina, na Itália. Foi estrela da Seleção Brasileira na Copa do mundo de 1982.
Uma hipertensão na veia que leva o sangue do intestino ao fígado causou uma hemorragia intensa. Mas, uma semana depois, Sócrates passa bem e já recebeu alta.
Na entrevista, o ex-atleta afirmou que seu fígado se recuperará sozinho. Comentou também sua admiração por Cuba, país que esteve há pouco tempo.
Leia aqui a última coluna de Sócrates para a revista.
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CHARGE


Entenda por que a Veja fez de novo




 No Blog da Cidadania

Alinhavando pontos esparsos dos últimos fatos envolvendo a revista Veja e José Dirceu, chega-se a uma conclusão surpreendente: os que puxam os cordões da revista jamais pretenderam produzir alguma conseqüência direta da matéria publicada no último fim de semana, a qual “acusa” o ex-ministro de ter recebido aliados políticos em um hotel de Brasília.
Pense comigo, surpreso leitor: será que uma organização do porte da Veja não tem consciência de que o que publicou não passa de um amontoado de opiniões e suposições sem o menor embasamento probatório ou meramente indicativo?
Nenhuma instância do Ministério Público, da Polícia Federal ou de qualquer outra instituição da República pode dar a menor bola a esse caso. Não pode ser considerado ilegal que alguém que tem um cargo de provimento político pelo governo encontre aliados políticos pertencentes ao mesmo partido que o seu ou à mesma aliança política daquele partido.
Veja tem advogados, como todos sabem. Muitos advogados. E também se sabe muito bem que  sua matéria de capa do último fim de semana não passa de opinião ou suposição – ou de ambas. Então por que publicar uma matéria que, aparentemente, até os seus pares na grande mídia não quiseram repercutir por julgarem fraca e tendenciosa?
Bobinha a Veja, não?
A resposta à pergunta acima, definitivamente, é não – a Veja, de boba, não tem nada. E, quanto ao silêncio de seus congêneres no Partido da Imprensa Golpista, talvez não passe de tática para não inflar a denúncia de José Dirceu, que pegou a turma toda no contrapé. E o que é pior – ou melhor: acidentalmente.
Uma digressão: a Veja está usando o blog de Reinaldo Azevedo – que, nessas horas, sempre deixa ver por que o império da família Civita o paga – para se explicar. Todavia, por mais que a revista e seu garoto de recados fujam, uma hora terão que dar explicações para o fato de o seu repórter ter tentado invadir o apartamento de Dirceu.
Mas, voltando à vaca fria, por que, diabos, a Veja publicou uma matéria que qualquer um que entenda um pouco de política sabe que não daria em nada mesmo que o repórter invasor não tivesse recorrido a um crime para fazer o que o patrão chama de “jornalismo”?
Havendo um veículo que se disponha a violar qualquer princípio ético e jornalístico é mais fácil produzir uma capa de revista fortemente criminalizadora do PT (o partido do governo Dilma) para setores da direita midiática que já se organizam em “movimentos espontâneos” da “sociedade civil” para marcharem “contra a corrupção” pelas ruas de algumas capitais.
Não importa o que diz a matéria da Veja porque esses setores que tentam aprofundar a crise política do governo Dilma não precisam de fatos, mas de símbolos para brandir na campanha moralista que vem por aí e que, além de manifestantes, terá até “frente parlamentar”. Uma campanha que muita gente – inclusive do governo – ainda não percebeu.
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Estados Unidos, um Império falido que mantém mil bases militares no exterior

Durval de Noronha Goyos, Última Instância

"Ao mesmo tempo em que sua dívida atingiu um montante equivalente ao PIB (Produto Interno Bruto), de US$ 14 trilhões, os EUA (Estados Unidos da América) mantém nada menos do que mil bases militares no exterior, incluindo 268 na Alemanha e 124 no Japão, após 66 anos do término da 2ª Guerra Mundial.
Outros países recipientes da infame e devastadora presença americana são Cuba, Paraguai, Colômbia, Iraque (mais de 100), Afeganistão (cerca de 80), Coréia do Sul, Austrália, Egito, Bahrain, Grécia e Romênia, dentre cerca de 70 Estados.
O custo militar dos EUA para o ano 2010 foi de cerca de US$ 800 bilhões, acrescidos de despesas extraordinárias colocadas no orçamento daquele mesmo ano pelo presidente Barack Obama no valor de US$ 1 trilhão, o que no total equivalem a aproximadamente 13% do PIB do país!
Os gastos militares dos EUA representaram cerca de 45% dos gastos globais em 2010. Seus aliados despenderam aproximadamente 28% dos aportes em defesa no mesmo ano. Assim, os EUA e aliados, que são normalmente Estados clientes, hoje igualmente em situação de insolvência, responderam por 73% dos dispêndios militares globais em 2010.
No final de 2008, os EUA mantinham aproximadamente 550 mil soldados no exterior, excluídos os serviços dos mercenários utilizados em alguns países como no Iraque. Esse número é 10% superior ao de 1985, no auge da chamada Guerra Fria, o que demonstra que o complexo industrial militar americano encontrou justificativas para a manutenção e mesmo expansão do poderio bélico do país, ainda que em fase de distensão do quadro político internacional.”
Artigo Completo, ::Aqui::
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CHARGE


O ponto sem retorno de Veja



Veja chegou a um ponto sem retorno. Em plena efervescência do caso Murdoch, com o fim da blindagem para práticas criminosas por parte da grande mídia no mundo todo, com toda opinião esclarecida discutindo os limites para a ação dá mídia, ela dá seu passo mais atrevido, com a tentativa de invasão do apartamento de José Dirceu e o uso de imagens dos vídeos do hotel, protegidas pelo sigilo legal.
Até agora, nenhum outro veículo da mídia repercutiu nenhuma das notícias: a da tentativa de invasão do apartamento de Dirceu, por ficar caracterizado o uso de táticas criminosas murdochianas no Brasil; e a matéria em si, um cozidão mal-ajambrado, uma sequência de ilações sem jornalismo no meio.
Veja hoje é uma ameaça direta ao jornalismo da Folha, Estadão, Globo, aos membros da Associação Nacional dos Jornais, a todo o segmento da velha mídia, por ter atropelado todos os limites. Sua ação lançou a mancha da criminalização para toda a mídia.
Quando Sidney Basile me procurou em 2008, com uma proposta de paz – que recusei – lá pelas tantas indaguei dele o que explicaria a maluquice da revista. Basile disse que as pessoas que assumiam a direção da revista de repente vestiam uma máscara de Veja que não tiravam nem para dormir.
Recusei o acordo proposto. Em parte porque não me era assegurado o direito de resposta dos ataques que sofri; em parte porque – mostrei para ele – como explicaria aos leitores e amigos do Blog a redução das críticas ao esgoto que jorrava da revista. Basile respondeu quase em desespero: "Mas você não está percebendo que estamos querendo mudar". Disse-lhe que não duvidava de suas boas intenções, mas da capacidade da revista de sair do lamaçal em que se meteu.
Não mudou. Esses processos de deterioração editorial dificilmente são reversíveis. Parece que todo o organismo desaprende regras básicas de jornalismo. Às vezes me pergunto se o atilado Roberto Civita, dos tempos da Realidade ou dos primeiros tempos de Veja, foi acometido de algum processo mental que lhe turvou a capacidade de discernimento.
Tempos atrás participei de um seminário promovido por uma fundação alemã. Na mesa, comigo, o grande Paulo Totti, que foi chefe de reportagem da Veja, meu chefe quando era repórter da revista. Em sua apresentação, Totti disse que nos anos 70 a revista podia ser objeto de muitas críticas, dos enfoques das matérias aos textos. "Mas nunca fomos acusados de mentir".
Definitivamente não sei o que se passa na cabeça de Roberto Civita e do Conselho Editorial da revista. Semana após semana ela se desmoraliza junto aos segmentos de opinião pública que contam, mesmo aqueles que estão do mesmo lado político da publicação. Pode contentar um tipo de leitor classe média pouco informado, que se move pelo efeito manada, não os que efetivamente contam. Mas com o tempo tende a envergonhar os próprios aliados.
Confesso que poucas vezes na história da mídia houve um processo tão clamoroso de marcha da insensatez, como o que acometeu a revista.
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Naoum aciona PF: Veja pode ter feito filme ilegal

Em entrevista ao 247, o gerente-geral do hotel, Rogério Tonatto, afirma que as imagens (acima) não se parecem com as do circuito interno do hotel; podem, portanto, ter sido filmadas por Veja; perícia irá apontar os responsáveis pelo crime, que já coloca Fabio Barbosa, novo presidente da Abril, diante de um dilema: iniciar ou não a faxina interna?

Brasil 247

O caso Veja/José Dirceu pode ser ainda mais grave do que parece. Há poucos minutos, recebemos uma ligação de Rogério Tonatto, gerente-geral do Naoum Plaza Hotel. Indignado com o vazamento de imagens do corredor de um dos andares do estabelecimento, onde o ex-ministro José Dirceu se hospeda com frequência, ele afirma que elas não se parecem com as do circuito interno do hotel. Ou seja: podem ser fruto de um grampo plantado pela equipe da revista Veja, que também se hospedou no hotel. “Já acionamos a polícia civil do Distrito Federal e vamos também acionar a Polícia Federal para que se apurem todas as responsabilidades”. Leia, abaixo, sua entrevista:
247 – Como foram obtidas aquelas imagens?
Rogério Tonatto – Ainda não sabemos, mas o que podemos dizer neste momento é que elas não se parecem com as do circuito interno de segurança do hotel. Todas as nossas câmeras são coloridas e não faria sentido que a reportagem da revista Veja apagasse a cor das imagens antes de publicá-las.
247 – Então está descartada a possibilidade de que as imagens tenham sido vazadas por algum funcionário do hotel?
Tonatto – Nada está descartado, mas as imagens, a princípio, não são nossas, mas sim de outras fontes.
247 – O grampo pode ter sido plantado pela revista Veja?
Tonatto – Tudo terá que ser apurado. Já registramos um boletim de ocorrência junto à polícia civil do Distrito Federal e pretendemos também acionar a Polícia Federal para que se apurem todas as responsabilidades. Vamos até o fim.
247 – Veja alega que o hotel foi instado pelo hóspede José Dirceu a registrar o boletim de ocorrência.
Tonatto – Ora, é evidente que a iniciativa foi nossa. O Naoum é um dos hotéis mais tradicionais de Brasília. Já hospedamos reis e rainhas em nossos 22 anos de existência. Temos a obrigação de zelar pelos nossos direitos e também pelos direitos de nossos hóspedes.
247 – O dano à imagem do hotel foi grande?
Tonatto – Admito que foi constrangedor ver imagens que dizem respeito à intimidade das pessoas que aqui se hospedam serem expostas daquela maneira.
247 – É verdade que o jornalista Gustavo Ribeiro saiu sem pagar sua conta?
Tonatto – A conta foi paga porque aqui no hotel todos que se hospedam deixam antes uma garantia, com um pré-pagamento no cartão de crédito.
247 – Mas ele saiu mesmo sem fazer o check-out.
Tonatto – Posso dizer que a conta foi paga.
Em reportagem anterior sobre o caso, já havíamos noticiado que o Hotel Naoum confirmava o crime cometido por Veja (leia mais). Na reportagem deste fim de semana, estão expostas imagens de José Dirceu, mas também de senadores, como Lindbergh Farias, Eduardo Braga e Delcídio Amaral, que se encontraram com ele, assim como de executivos, como José Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras, e do ministro Fernando Pimentel. Note-se que foram filmados sem autorização judicial e sem que fizessem nada de anormal - apenas encontravam-se com uma pessoa conhecida, que participa da vida política do Brasil.”
Entrevista Completa, ::Aqui::
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sábado, 27 de agosto de 2011

Pressionado, governo Dilma anuncia retomada da Reforma Agrária


Depois de uma semana de intensa pressão de milhares de camponeses acampados em Brasília, Palácio do Planalto diz que vai lançar programa de assentamentos para 2012-2014 e liberar R$ 400 milhões para o Incra imediatamente. 
“Vocês conseguiram recolocar a reforma agrária no centro da pauta de discussão do governo Dilma", diz ministro Gilberto Carvalho. "Esta semana foi um marco histórico", afirma MST.
> LEIA MAIS 
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Battisti fala

Battisti fala  

Em entrevista à Istoé, a primeira fora da prisão, ele revela que já pensou em se naturalizar cidadão brasileiro 

247 – Cesare Battisti, ex-ativista para uns e ex-terrorista para outros, concedeu sua primeira entrevista desde que saiu da prisão. Leia, abaixo, o depoimento à jornalista Luiza Villaméa, da revista Istoé:
ISTOÉ – Para o sr., como é a liberdade?
Cesare Battisti – O preso tende a exagerar a noção de liberdade. Já tinha a experiência de cadeia e liberdade. Sabia que, depois do inferno da prisão, tem outro inferno, fora da cadeia.
ISTOÉ – Que tipo de inferno?
Battisti –Há problemas. Desde os mais simples, como pagar o aluguel, até como ser o menos egoísta possível. Nunca achei que sairia da cadeia e o mundo estaria em minhas mãos. Ainda assim, não é igual sair aos 25 anos e aos 56.
ISTOÉ – Qual a diferença?
Battisti – Aos 56 anos, é mais difícil. A pessoa tem mais responsabilidades.
ISTOÉ – Como o sr. se preparou para essa fase?
Battisti – Desde 2009, quando Tarso Genro me concedeu o refúgio, comecei a pensar o que faria no País e a retomar contatos. Escrevi para o Luiz Rosas, um brasileiro que foi para a França nos anos críticos do Brasil e nunca mais voltou. Lá, ele faz um trabalho social extraordinário. Sua organização, a Literatura Furiosa, trabalha com grupos que têm problemas de integração social. Trabalhei com ele no começo dos anos 90. Agora tem mais de dois meses que estou na rua. Ainda não consigo ler livros nem escrever, mas estou preparando isso aí.
ISTOÉ – Preparando o quê?
Battisti – Importar a Leitura Furiosa para o Brasil. O Luiz Rosas está entusiasmado. E sua ONG conta com o apoio de escritores do mundo inteiro.
ISTOÉ – De imediato, o que o sr. pretende fazer?
Battisti – Acabei de receber o Registro Nacional de Estrangeiro. Hoje (segunda-feira 22) me inscrevi no Correio para obter o CPF. Quero abrir uma conta num banco, pagar impostos. Depois, vou a São Paulo me reunir com o meu editor, para combinar o lançamento de meus livros na bienal do Rio de Janeiro, em setembro.
ISTOÉ – O sr. vai à bienal?
Battisti – Não. Não quero provocar polêmica, me exibir.
ISTOÉ – Que outra providência o sr. pretende tomar?
Battisti – Alugar um apartamento em São Paulo e viver como me permite o Estatuto do Estrangeiro. Não posso votar, mas terei muitos direitos de um cidadão brasileiro.
ISTOÉ – O sr. pensa em se naturalizar brasileiro?
Battisti – Já pensei em me naturalizar brasileiro, porque eu quero fazer coisas neste país.
ISTOÉ – Se sair do Brasil, o sr. pode ser preso. Isso o incomoda?
Battisti – Vivi 14 anos na França sem sair de lá. Agora é vida nova, país novo. Eu estava no deserto e encontrei água pela frente. O Brasil é um oásis, um continente com gente maravilhosa que me ajudou muito sem me conhecer.
ISTOÉ – Quando o sr. saiu do presídio, sua intenção era vir para o litoral paulista?
Battisti – Não. Fiquei dois dias em São Paulo, mas os jornalistas faziam plantão o tempo todo. Depois, seis ou sete provocadores, fascistas, enviados sabe-se lá por quem, fizeram uma manifestação em frente à casa do meu advogado, Luiz Greenhalgh, onde eu estava. Preferi sair da cidade.
ISTOÉ – Como é a sua relação com as pessoas daqui?
Battisti – É o máximo. Já me convidaram para pescar, para conhecer a Mata Atlântica. Tem muito a ver com o amigo que está me hospedando, o Magno de Carvalho, que é muito conhecido. Saio na rua e todo mundo me cumprimenta. Tenho que me cuidar, senão tenho de tomar uma cerveja em cada boteco.
ISTOÉ – Alguém já o questionou sobre o Caso Battisti?
Battisti – Não. Boa parte das pessoas com as quais tenho contato sabe quem eu sou. Só que elas souberam depois de me conhecer. E têm uma relação de simpatia comigo. Se tivesse sido o contrário, talvez fosse mais difícil. Teve só um morador, que paradoxalmente tem uma história de esquerda, que falou para um amigo, dono de um quiosque, que eu era um assassino. Depois, esse morador disse ao Magno que havia feito besteira e pediu desculpas.
ISTOÉ – O sr. tem medo?
Battisti – Vou responder que não tenho medo de nada. Estou livre. Tenho muito respeito pelas autoridades brasileiras. Espero poder agradecer pessoalmente às muitas pessoas que me ajudaram, principalmente ao Tarso Genro. Se for possível, se não incomodar, também gostaria muito de agradecer ao presidente Lula.
ISTOÉ – Qual a sua rotina aqui?
Battisti – Acordo às 6h30. Faço o café, vou comprar jornal. Depois, vou andar. Encontro pescadores voltando da pesca. Compro peixe. Gosto de cozinhar. Aqui é a zona da tainha.
ISTOÉ – E depois do almoço?
Battisti – Dou outra caminhada. Aí encontro vizinhos e crianças. Um dos meninos, o Guilhermino, só me chama de “Piradinho”, porque eu ando muito, mesmo quando o tempo está ruim. Ele gosta de mim, brinca e caminha comigo. Tenho duas filhas, que já são grandes. Quando fugi da França, deixei a menor delas com oito anos, a idade de Guilhermino. Minhas filhas estiveram aqui durante 15 dias e quase ficaram com ciúmes.
ISTOÉ – Suas filhas também querem morar no Brasil?
Battisti – A mais nova, a Charlène, sabe que precisa continuar em Paris, pois está no ensino médio. A mais velha, Valentina, que é bióloga especializada em genética e está terminando o doutorado, já está fazendo contatos com uma universidade.
ISTOÉ – E a Joice? O sr. continua namorando a Joice?
Battisti – Sim. Tenho uma companheira carioca, que estimo e respeito muito. Ela ficou comigo todo esse tempo.
ISTOÉ – O sr. vive de quê?
Battisti – Estou vivendo de grupos de apoio, de diferentes países, que fizeram “vaquinhas”. Isso já dura quatro anos. Na realidade, desde 2004, quando cheguei ao Brasil, só consegui viver de direitos autorais os primeiros dois ou três anos. Em 2007, já não tinha mais dinheiro.
ISTOÉ – O sr. faria tudo de novo?
Battisti – Não me arrependo de nada. Não posso me arrepender do que não fiz. Eles estão me acusando de homicídios. Os responsáveis foram presos e torturados. Quando as mortes aconteceram, eu não estava mais na organização.
ISTOÉ – Por causa do abrigo que o sr. recebeu no Brasil, há uma campanha da Itália pelo boicote da Copa de 2014.
Battisti – A maioria dos italianos nem liga para isso. Por trás dessa campanha estão grupos de extrema direita, manipulados. Mas tem também aqueles que me defendem.
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Estudante de 16 anos alvejado durante protesto morre no Chile

A morte de um estudante durante os protestos no Chile levou o presidente Sebastián Piñera a clamar ontem por uma "imediata" abertura do diálogo entre estudantes, professores, governo e Congresso, para a solução do conflito. Mobilizados há três meses por reformas no sistema educacional, os estudantes se juntaram a outros setores em uma greve geral de 48 horas, quarta e quinta-feira.
Nos dois dias de protestos, ocorreram novos confrontos com a polícia. Anteontem à noite, o jovem Manuel Gutiérrez Reinoso, 16, foi morto com um tiro no peito.
O crime ocorreu em Macul, na região metropolitana de Santiago, quando a polícia reprimia os manifestantes. O irmão de Manuel, Gerson, contou que os policiais atiraram das viaturas. O governo nega, mas um inquérito foi aberto para apurar o caso.
A gestão Piñera tem sido criticada pela forte repressão empregada nos protestos. Correligionários pediram que fosse utilizada a Lei de Seguridade do Estado, medida de exceção da ditadura de Augusto Pinochet que permite o uso das Forças Armadas para conter os protestos.
Há ainda outro estudante internado em estado grave. Mais de 200 pessoas ficaram feridas. O governo divulgou que 1.394 pessoas foram presas durante os dois dias.
O movimento estudantil afirmou que vai analisar o inédito convite de Piñera para um diálogo direto com a presidência. Magdalena Paredes, uma das líderes estudantis, disse à Folha que o movimento cumpriu o objetivo, mas avalia que é hora de arrefecer os ânimos.
A principal demanda dos estudantes é que a educação pública seja gratuita. Eles também pedem o fim do lucro com o ensino. Cerca de 40% dos estudantes chilenos estão endividados.
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Repórter da revista Veja é flagrado em atividade criminosa contra Zé Dirceu


“Ex-ministro da Casa Civil acaba de fazer a denúncia: o repórter Gustavo Nogueira Ribeiro teria tentado entrar na sua suíte em Brasília; ao ser desmascarado, fugiu sem fazer check-out; B.O. foi registrado; Editora Abril ainda não se pronunciou

Brasil 247

O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, acaba de publicar um post explosivo em seu blog. Diz ele que um repórter da revista Veja teria tentado invadir sua suíte, em Brasília. Leia abaixo:
Depois de abandonar todos os critérios jornalísticos, a revista Veja, por meio de um de seus repórteres, também abriu mão da legalidade e, numa prática criminosa, tentou invadir o apartamento no qual costumeiramente me hospedo em um hotel de Brasília.
O ardil começou na tarde dessa quarta-feira (24/08), quando o jornalista Gustavo Nogueira Ribeiro, repórter da revista, se registrou na suíte 1607 do Hotel Nahoum, ao lado do quarto que tenho reservado. Alojado, sentiu-se à vontade para planejar seu próximo passo. Aproximou-se de uma camareira e, alegando estar hospedado no meu apartamento, simulou que havia perdido as chaves e pediu que a funcionária abrisse a porta.
O repórter não contava com a presteza da camareira, que não só resistiu às pressões como, imediatamente, informou à direção do hotel sobre a tentativa de invasão. Desmascarado, o infrator saiu às pressas do estabelecimento, sem fazer check out e dando calote na diária devida, ainda por cima. O hotel registrou a tentativa de violação de domicílio em boletim de ocorrência no 5º Distrito Policial.
A revista não parou por aí.
O jornalista voltou à carga. Fez-se passar por assessor da Prefeitura de Varginha, insistindo em deixar no meu quarto "documentos relevantes". Disse que se chamava Roberto, mas utilizou o mesmo número de celular que constava da ficha de entrada que preencheu com seu verdadeiro nome. O golpe não funcionou porque minha assessoria estranhou o contato e não recebeu os tais “documentos”.
Os procedimentos da Veja se assemelham a escândalo recentemente denunciado na Inglaterra. O tablóide News of the Word tinha como prática para apuração de notícias fazer escutas telefônicas ilegais. O jornal acabou fechado, seus proprietários respondem a processo, jornalistas foram demitidos e presos.
No meio da tarde da quinta-feira, depois de toda a movimentação criminosa do repórter Ribeiro para invadir meu apartamento, outro repórter da revista Veja entrou em contato com o argumento de estar apurando informações para uma reportagem sobre minhas atividades em Brasília.”
Matéria Completa, ::Aqui::
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CHARGE


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Acabou a munição neoliberal. BC EUA nao tem nada a declarar

Bernanke vai abrir o museu dos urubus tropicais (empalhados)


Realizou-se em Jackson Hole, estado do Wyoming, a reunião anual em que presidentes do Banco Central americano anunciam os planos e dizem para onde caminha a Humanidade.
Diziam.
No tempo do Alan Greenspan, quando aquilo se transformava no Congresso Eucarístico do Neoliberalismo Universal.
Hoje, acabou a bala do neoliberalismo.
Não se convida mais o Alan Greenspan para jantar na Febraban.
E o pronunciamento do Ben Bernanke não anunciou nada de novo.
É como discurso do Aécio.
Bernanke não produziu nem a nova derrama de dólares que a Presidenta Dilma tanto temia – o quantitative easing, uma forma sofisticada de sair da crise com o bolso dos outros.
Como previu Paul Krugman, também no New York Times, Bernanke não agiu com medo de Rick Perry a versão troglodítica do George Bush, como se ainda fosse possível.
Perry é governador do Texas, candidato a Presidente por ordem de Deus, e ameaçou Bernanke de sofrer o pão que Diabo amassou no Texas, se ele mexesse no arranjo apocalíptico de corte de investimentos, juros baixos e nada de imposto.
Tudo o que os neoliberais do Pinochet e do PiG pregam por aqui.
Krugman e Stiglitz, prêmios Nobel, já explicaram que a munição neoliberal de combater a crise de emprego com redução de juros e corte de investimentos só dá certo na cabeça da mais notável neoliberal brasileira, a Urubóloga.
E do pessoal do Tea Party, sua expressão americana mais autêntica.
A crise fechou o Banco Central americano.
O soturno prédio da sede em Washignton se transformara num templo Mormon.
Ou num museu de urubus tropicais. 

Paulo Henrique Amorim
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Wikileaks: Oposição na Venezuela pediu aos EUA para que interviessem contra Chávez

O partido venezuelano Podemos (acrônimo de Pela Democracia Social), membro da MUD (Mesa de Unidade Democrática) -- conjunto de partidos opositores venezuelano --, solicitou à Embaixada dos Estados Unidos em Caracas, em setembro de 2009, para que interviesse contra o presidente Hugo Chávez, de acordo com despacho diplomático vazado pelo Wikileaks. Segundo o documento, o partido estava "preocupado" com as eleições legislativas de setembro de 2010.
Ricardo Gutiérrez, Juan José Molina e Ismael García -- líder do partido -- foram recebidos pelo embaixador norte-americano no país, Patrick Duddy. "Como já fez repetidamente no passado, García perguntou o que os EUA, por meio do NED (Fundação Nacional Pela Democracia, na sigla en inglês) ou outros canais do governo norte-americano poderiam fazer para ajudar o Podemos", escreveu o diplomata. "O embaixador enfatizou que os EUA não estavam intervindo na Venezuela, e García respondeu: 'Sim, mas é hora de começar'".
Dissidência do MAS (Movimento ao Socialismo), o Podemos -- de orientação social-democrata -- apoiava Chávez até 2007, quando foi criado o PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela), partido que reuniu as forças chavistas. Desde então, o Podemos se apresenta como uma alternativa à oposição tradicional e ao chavismo.
"Os deputados começaram detalhando o que eles achavam ser uma destruição sistemática das estruturas democráticas da Venezuela por Chávez", descreve o despacho, também revelando que os políticos detalharam sua participação no esforço da MUD para combater o presidente venezuelano, mas desacreditam em sua eficácia.
"Os deputados reconheceram a necessidade de oferecer à população um caminho alternativo ao chavismo nas eleições para a Assembleia Nacional, mas falharam ao não oferecer uma plataforma positiva e concreta", observou Duddy naquele ano. Nas eleições, em 2010, o Podemos obteve 298.311 votos, ou 2.64% dos votos válidos, sendo o oitavo partido mais votado.
"Apesar de os deputados do Podemos terem entregue a mensagem de sempre, havia um elemento de pânico no apelo à embaixada.
Essa urgência deve derivar da impressão tanto de que a democracia venezuelana está se aproximando de um estágio vulnerável como a de que o partido, independente de sua atual posição, enfrenta um novo desafio para sobreviver de acordo com a nova lei eleitoral. O apelo aos EUA foi feito em alerta ao potencial risco aos interesses norte-americanos por parte do envolvimento cubano e iraniano na Venezuela", concluiu Duddy.
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Cala boca Teixeira: no estádio não pode ! Cartolas ameaçam retirar de estádio quem levar cartaz contra R. Teixeira

 
  Santa Catarina vai experimentar a "lei da mordaça 

Está no site da Federação Catarinense de Futebol — clique aqui e veja com seus próprios olhos. Quem for ao Orlando Scarpeli neste domingo para acompanhar o clássico Figueirense x Avaí e exibir cartazes contra o presidente da CBF será retirado do estádio. Isso mesmo. Como sempre acontece, o cidadão poderá xingar o juiz, mandar o jogador adversário ou até do seu próprio time para “aquele lugar”, mas não serão permitidas manifestações contrárias ao homem que desde 1989 preside a Confederação Brasileira de Futebol. 
O interessante é que, para sustentar tal decisão, os cartolas da FCF apelam para o Estatuto do Torcedor. Isso mesmo, o documento que deveria proteger os direitos de quem paga ingresso serve de argumento para tirar desse mesmo cidadão… um direito. O de se manifestar. A entidade alega que no artigo 13-A, inciso IV está escrito: “não portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenofóbico”. 
Se encaixariam nesse exemplo cartazes contendo frases como “Fora Fulano”, “Cicrano de Tal, vá embora”, “Não queremos tal pessoa em tal cargo”, ou até mesmo “Senhor Beltrano, renuncie”? 
Qual o temor dos cartolas? Que inadvertidamente uma câmera de TV registre um desses cartazes, mesmo que por uma fração de segundo? Talvez. Mas será que aqueles que levam para a arquibancada cartolinas com os famosos “Filma eu” serão expulsos? 
E você, em especial os torcedores dos times envolvidos neste jogo, o que acha disso? 

A íntegra da nota oficial: 

A Federação Catarinense de Futebol vem a publico manifestar seu repudio contra qualquer manifestação ofensiva, realizada em jogos no território de Santa Catarina, direcionada ao Presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Dr. Ricardo Terra Teixeira, bem como à própria CBF. 
Especialmente com relação a informações veiculadas na imprensa referentes ao clássico entre Figueirense e Avaí, válido pela Série “A” do Campeonato Brasileiro, que será realizado no próximo domingo, 28 de agosto, no estádio Orlando Scarpelli, as presidências das duas equipes também se mostraram absolutamente contrárias a este tipo de atitude por parte de seus torcedores. 
A FCF ressalta que este tipo de manifestação se configura como uma infração ao Estatuto do Torcedor, cujo artigo 13-A, inciso IV, dispõe: “São condições de acesso e permanência do torcedor no recinto esportivo sem prejuízo de outras condições previstas em lei”- IV – “não portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenofóbico”. 
O parágrafo único deste artigo estabelece que “o não cumprimento das condições estabelecidas neste artigo implicará a impossibilidade de ingresso do torcedor ao recinto esportivo, ou, se for o caso, o seu afastamento imediato do recinto, sem prejuízo de outras sansões administrativas, civis ou penais eventualmente cabíveis”. 
A Diretoria e o Presidente da FCF, Dr. Delfim Pádua Peixoto Filho, reiteram sua parceria e seu apoio à Confederação Brasileira de Futebol e seu Presidente, Dr. Ricardo Teixeira, que sempre foi um amigo e deu suporte ao futebol catarinense. Lembramos ainda que “ninguém será considerado culpado até o transito em julgado ter sentença penal condenatória”, conforme trata nossa Constituição Federal, no inciso LVII do Artigo 5º.
A Federação Catarinense de Futebol deseja ainda que os jogos realizados no estado sejam momentos de confraternização e lazer para os torcedores, e que prevaleça o espírito esportivo, com paz entre as torcidas e destas com relação a todos os envolvidos no meio esportivo, sejam clubes, órgãos de imprensa ou entidades administradoras do desporto. 

Assessoria de Imprensa – FCF
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