sexta-feira, 10 de junho de 2011

TAPAJÓS O PREÇO DO PLEBISCITO

No Blog do Manuel Dutra

1. Se é verdade que o plebiscito sobre a criação dos Estados do Tapajós e do Carajás vai custar 13,5 milhões de reais, como disse o juiz do TRE-PA Rubens Leão, então o dinheiro que foi roubado na Assembléia Legislativa do Pará daria para realizar 4 plebiscitos e ainda sobraria uma boa grana. Até agora, o cálculo da roubalheira na ALEPA está em 60 milhões.

2. Os adversários dos Estados do Tapajós e Carajás alegam que tudo não passa da ação de espertalhões querendo botar a mão na massa, como se verifica na Assembléia Legislativa do Pará, em Belém. Se a corrupção for justificativa para não criar estes Estados, então, a corrupção será justificativa para acabar com os Estados que já existem?

3. Manchete interna do jornal O Liberal de domingo passado: "Sonegação em Belém vai a R$ 48 milhões". Se apenas na capital é assim, quanto é o montante da ratazana nos 143 municípios?

4. Riqueza e pobreza: O Estado do Pará sempre foi uma Província e depois um Estado pobre, paupérrimo em muitas regiões, como o Marajó, ali bem perto da capital. Mas Belém, a capital, já foi uma cidade rica, riquíssima, do meado do século 19 aos primeiros anos do século 20. Tinha vários consulados estrangeiros, corria muito dinheiro, e uma loja chamada Paris n'América, o que dava a senha.
Na América do Sul, diziam antigamente, eram Buenos Aires, São Paulo e Belém. A borracha acabou, foi-se embora a bonança que era retirada do interior da região e não produzida na capital. Como escreveu Arthur Reis no Primeiro Plano da SPVEA, em 1953: a elite tradicional de Belém sempre primou pelo bacharelismo, sociedade formada por doutores que mais olhavam para a Europa do que para o interior da região que produzia e mantinha o luxo na capital. Tanto era assim, que essa mesma elite sempre se esqueceu do interior. Lembrou-se agora, com os movimentos de emancipação do Tapajós e Carajás.
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3 comentários:

Anônimo disse...

O QUE VAI OCORRER É UMA EMANCIPAÇÃO E NÃO UMA SEPARAÇÃO..

O ser humano é muito egoísta, Pará, Tapajós e Carajás nunca vão se separar por questões geográficas. O que essa população que vive em situação miserável só deseja é se emancipar e construir um bem estar melhor, mais conforto, melhorias, infra estrutura, enfim um padrão de vida melhor. Todos irão crescer, o futuro Pará terá um PIB maior que os outros dois juntos. Não dá para ter uma região metropolitana de Belém desenvolvida e uma imensidão de território vivendo na miséria. Isso é egoísmo e ganância em detrimento do seu vizinho.
Viva o futuro Estado do Pará, Tapajós e Carajás em prol de um Brasil melhor. Todos tem o direito de melhores condições de vida e a emancipação vai beneficiar a todos. Foi melhor para Goias e Mato Grosso e será melhor para desenvolver o Pará. Eu, friamente quero um país melhor e o melhor para essa região, é a emancipação dessa região. Por isso digo SIM. TAPAJÓS E CARAJÁS DEVEM SE EMANCIPAR, para acabar com o desmando e abandono dessa região. O povo já está cansado de sofrer, falta tudo nessa região, professores, médicos, falta a presença do poder público. Triste região, "Terra de Ninguém" e velho oeste brasileiro.

Anônimo disse...

O QUE VAI OCORRER É UMA EMANCIPAÇÃO E NÃO UMA SEPARAÇÃO..

O ser humano é muito egoísta, Pará, Tapajós e Carajás nunca vão se separar por questões geográficas. O que essa população que vive em situação miserável só deseja é se emancipar e construir um bem estar melhor, mais conforto, melhorias, infra estrutura, enfim um padrão de vida melhor. Todos irão crescer, o futuro Pará terá um PIB maior que os outros dois juntos. Não dá para ter uma região metropolitana de Belém desenvolvida e uma imensidão de território vivendo na miséria. Isso é egoísmo e ganância em detrimento do seu vizinho.
Viva o futuro Estado do Pará, Tapajós e Carajás em prol de um Brasil melhor. Todos tem o direito de melhores condições de vida e a emancipação vai beneficiar a todos. Foi melhor para Goias e Mato Grosso e será melhor para desenvolver o Pará. Eu, friamente quero um país melhor e o melhor para essa região, é a emancipação dessa região. Por isso digo SIM. TAPAJÓS E CARAJÁS DEVEM SE EMANCIPAR, para acabar com o desmando e abandono dessa região. O povo já está cansado de sofrer, falta tudo nessa região, professores, médicos, falta a presença do poder público. Triste região, "Terra de Ninguém" e velho oeste brasileiro.

Anônimo disse...

O Pará dos sonhos da elite de Belém

com muita propriedade, o Pará dos sonhos da elite da capital do Estado, que vai lutar até o sangue “dar no meio da canela”, como diz o caboclo, para tentar impedir a criação dos Estados de Carajás e Tapajós.

São inimigos figadais de qualquer discussão sensata sobre a questão. São contra a divisão simplesmente por ser contra, e não querem nem saber de ouvir qualquer argumentação de quem mora no sul, sudeste e oeste do Pará. Querem manter, a qualquer custo, as benesses da concentração dos investimentos públicos no entorno da capital, e estão “se lixando” para o abandono em que vivem milhares de pessoas fora de Belém.

Algumas figuras já se destacam da boiada, entre tantas que compõem essa elite que nunca pisou um palmo fora da Região Metropolitana de Belém (RMB). Somente algumas: Zenaldo Coutinho (deputado federal do PSDB licenciado e atual chefe da Casa Civil do governo de Simão Jatene), Celso Sabino (deputado estadual do PR), Joaquim Passarinho (secretário de Estado de Obras Públicas) e toda a tropa da Associação Comercial do Pará (ACP) e da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa).

Chama a atenção de todos, o grande número de auxiliares diretos do governador Simão Jatene, que, pelos cargos que exercem (com a obrigação legal de governar todo o Pará e para todos os paraenses), deveriam estar dispostos a pelo menos ouvir as populações do sul-sudeste e oeste do Pará. Afinal, o governador precisa ser o grande juiz dessa causa, arbitrando com sabedoria e imparcialidade, até pela ruma de votos que o sul-sudeste e oeste paraenses depositaram nas urnas, em 2010, viabilizando a volta dele ao governo.

Outro fato que intriga é a presença do deputado federal Arnaldo Jordy (PPS) em atos contrários aos interesses de Carajás e Tapajós. Outro dia mesmo, me conta um amigo, Jordy falava aqui na região e defendia o direito dos sul-paraenses de decidir o seu destino. Uma semana depois, com olhos grandes na direção da Prefeitura de Belém (à qual ele é pré-candidato), Arnaldo Jordy apareceu nas capas dos jornais da capital, misturado aos inimigos da divisão territorial do Pará. Assim é fácil: uma vela para Deus e outra para o diabo.

Sempre é bom lembrar que, depois das eleições municipais, vem nova eleição para a Câmara Federal. E os votos do sul-sudeste e oeste vão, de novo, valer muito para quem pretende continuar na carreira política.