Antes de iniciar sua viagem à colônia de Porto Rico, o presidente Barack Obama subiu o tom das ameaças ao Congresso para que aprove um aumento do limite de endividamento do Governo americano, que já atingiu o limite legal de US$ 14,3 trilhões. Ele disse que sem a aprovação de um novo limite, o Governo vai ter de suspender pagamentos a partir de agosto e voltou a falar na eclosão de uma nova crise econômica no país.
Hoje, foi a vez do presidente do Federal Reserve, o BC deles,o sr. Ben Bernanke dizer que “impedir o aumento do teto da dívida pode afetar a confiança do investidor na economia do país e na capacidade de os Estados Unidos pagarem suas dívidas.” Ele advertiu que a falta de autorização da ampliação dos limites da dívida “poderá causar “distúrbios severos nos mercados financeiros”, incluindo a piora na classificação de risco da dívida do governo e danos ao papel especial que o dólar e os títulos do Tesouro americano desempenham atualmente nos mercados globais, onde sempre foram considerados “refúgios” para a crise.
A economia americana se aproxima de um impasse. mesmo com as fortes emissões de moeda e os juros negativos (abaixo da inflação) praticados lá, a economia não dá sinais de recuperação. Hoje saíram os índices de vendas no comércio de varejo e houve a primeira queda, depois de 11 meses de pequenas elevações. Não há saltos na inflação, mas ela prossegue, mesmo desconsiderada a influência do petróleo.
Uma pesquisa da Bank of America-Merril Lynch, com os maiores investidores do mundo mostra que o otimismo em relação ao mercado de ações caiu 34% frente ao mês anterior, enquanto o otimismo em relação às commodities caiu 50%. Por outro lado, a rejeição dos investidores a títulos de renda fixa caiu 21%.
A economia brasileira, por maiores que sejam os “colchões” de reservas do banco Central, não pode ter uma postura de risco neste quadro. o endividamento em dólar barato é um problema sério, mesmo para as instituições que não se descuidam de manter posições de “hedge” (proteção) cambial.
É bom a gente ouvir o pensamento dos economistas que não rezam pelo breviário do “mercado”, como o Professor Amir Khair, em seu excelente artigo, publicado no site Outras Palavras:
“Face a esse quadro, o melhor para o Brasil é apostar as fichas da saúde econômica e financeira naquilo em que somos bons: alto potencial de mercado interno inexplorado. Assim, é bom repensar as políticas do pé no freio, que podem fragilizar o País aos trancos que poderão vir de fora.”
É boa leitura para nossos dirigentes da economia, agora que estão ganhando aplausos do “mercado” que, há três meses, os demonizava. Um aviso para não começarem a gostar tanto, quando lhes batem palmas, que deixem de pensar no que nos tirou da “vala” no tsunami financeiro de três anos atrás.
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Hoje, foi a vez do presidente do Federal Reserve, o BC deles,o sr. Ben Bernanke dizer que “impedir o aumento do teto da dívida pode afetar a confiança do investidor na economia do país e na capacidade de os Estados Unidos pagarem suas dívidas.” Ele advertiu que a falta de autorização da ampliação dos limites da dívida “poderá causar “distúrbios severos nos mercados financeiros”, incluindo a piora na classificação de risco da dívida do governo e danos ao papel especial que o dólar e os títulos do Tesouro americano desempenham atualmente nos mercados globais, onde sempre foram considerados “refúgios” para a crise.
A economia americana se aproxima de um impasse. mesmo com as fortes emissões de moeda e os juros negativos (abaixo da inflação) praticados lá, a economia não dá sinais de recuperação. Hoje saíram os índices de vendas no comércio de varejo e houve a primeira queda, depois de 11 meses de pequenas elevações. Não há saltos na inflação, mas ela prossegue, mesmo desconsiderada a influência do petróleo.
Uma pesquisa da Bank of America-Merril Lynch, com os maiores investidores do mundo mostra que o otimismo em relação ao mercado de ações caiu 34% frente ao mês anterior, enquanto o otimismo em relação às commodities caiu 50%. Por outro lado, a rejeição dos investidores a títulos de renda fixa caiu 21%.
A economia brasileira, por maiores que sejam os “colchões” de reservas do banco Central, não pode ter uma postura de risco neste quadro. o endividamento em dólar barato é um problema sério, mesmo para as instituições que não se descuidam de manter posições de “hedge” (proteção) cambial.
É bom a gente ouvir o pensamento dos economistas que não rezam pelo breviário do “mercado”, como o Professor Amir Khair, em seu excelente artigo, publicado no site Outras Palavras:
“Face a esse quadro, o melhor para o Brasil é apostar as fichas da saúde econômica e financeira naquilo em que somos bons: alto potencial de mercado interno inexplorado. Assim, é bom repensar as políticas do pé no freio, que podem fragilizar o País aos trancos que poderão vir de fora.”
É boa leitura para nossos dirigentes da economia, agora que estão ganhando aplausos do “mercado” que, há três meses, os demonizava. Um aviso para não começarem a gostar tanto, quando lhes batem palmas, que deixem de pensar no que nos tirou da “vala” no tsunami financeiro de três anos atrás.
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