Deu Ideli Salvatti.
A ministra da Pesca troca de lugar com Luiz Sérgio e assume a Secretaria de Relações Institucionais, apesar dos esforços do PT para emplacar o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, na articulação política. Com a decisão, a presidente Dilma Rousseff reforça a mensagem dada com a indicação de Gleisi Hoffmann para a Casa Civil: é ela quem manda.
Vaccarezza era a opção mais forte entre os petistas, mas tirá-lo da liderança da Câmara abriria uma vaga para o sedento PMDB, e a presidente confia na competência de seu homem dentro da Câmara.
Dilma bancou mais uma vez a indicação por conta própria e ainda ampliou o poder do staff feminino do governo. Ideli Salvatti estava escanteada no Ministério da Pesca depois de uma campanha frustrada ao governo de Santa Catarina.
Ideli foi líder do governo no Senado durante o governo Lula, mas nunca passou pela Câmara, onde mora a maioria dos problemas políticos do governo. A novidade do terreno pode lhe trazer alguma dificuldade e, por isso, entre a base do governo na Casa, Vaccarezza parecia uma opção mais segura. Em sua passagem pelo Senado, a nova ministra das Relações Institucionais se notabilizou pela defesa incondicional do governo Lula. Tanto que seu nome foi lembrando quando a então senadora e hoje ministra-chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann começou a responder todo e qualquer ataque da oposição ao governo Dilma. Era a “nova Ideli”.
O ex-ministro das Relações Institucionais Luiz Sérgio vai para o lugar de Ideli no Ministério da Pesca, um final melancólico mesmo para alguém que teve a capacidade de articulação questionada desde o momento em que Antonio Palocci deixou a Casa Civil.
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