terça-feira, 3 de maio de 2011

Timing

Por Guilherme Scalzilli

Na pior das hipóteses, o anúncio da morte de Osama Bin Laden é uma farsa equivalente àquelas fotografias de tubulações que os EUA usaram para justificar a invasão do Iraque. Se o anúncio for ao menos verdadeiro, significará que o Pentágono agiu de novo segundo conveniências políticas, aproveitando os primeiros movimentos do calendário eleitoral para “descontinuar” outro de seus antigos colaboradores.
Por que justo agora, quando o Wikileaks expõe o caráter despótico do governo, quando as forças “pacificadoras” da ONU chacinam os familiares de um chefe de Estado e quando o cinturão de ditaduras financiadas pelos EUA para proteger Israel começa a balançar? Porque o momento exige uma escalada paranóica e xenófoba que ajude os EUA e as potências aliadas a recuperarem seu destaque na arena geopolítica.
Depois de todas as dúvidas suscitadas pelo 11 de setembro, os mercenários de Barack Osama, digo, Obama podiam fazer alguma força para deixar suas versões mais plausíveis. 
Essa história de jogar o presunto do supervilão no oceano e vir com testes de DNA e fotos de um barbudo cheio de furos, convenhamos, soa bem fraquinha. 
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