terça-feira, 31 de maio de 2011

O Funk do Hino Nacional e o questionamento implícito do meio militar



Por Robson Fernando
para o Acerto de Contas

Na última semana vimos um evento polêmico filmado num quartel do Rio Grande do Sul: pós-adolescentes, em seus 18 ou 19 anos, dançando o “Hino Nacional Brasileiro Funk Remix”. De um lado, o senso comum e o conservadorismo milico-nacionalista expressavam revolta pela “profanação” de um dos “símbolos nacionais”. De outro, a parcela mais liberal e cosmopolita, que não liga para a tradição do apego aos símbolos cívicos e sequer vê nestes alguma relevância prática, mostrava-se indiferente ou até gargalhava com o tocar e a dança do hino em ritmo de funk.
Não sendo um militar sob propriedade do Estado e estando amparado pela liberdade de expressão e de consciência desprovidas de apologias criminosas, garantida pela Constituição (Art. 5º, IV e VI), dou abaixo minha opinião, que evidentemente não agrada aos saudosos da época da Educação Moral e Cívica.
Eu, que sou opositor do nacionalismo e do militarismo e indiferente ao alegado valor dos símbolos nacionais, pessoalmente caí em risadas quando vi a notícia e assisti ao vídeo. Além disso, vi a cena mais que como um simples funk divertido e dançante. Encarei-a como um talvez inconsciente questionamento da sacralidade e importância prática dos “símbolos da pátria” e também dos valores militares internos mais arbitrários e autoritários – nestes incluída a conscrição. Considerei-a como um peteleco forte na orelha dos milicos conservadores, dos saudosos da Ditadura, dos simpatizantes do serviço militar obrigatório.

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