As facções palestinas Fatah e Hamas anunciaram ter firmado nesta quarta-feira (04/05) no Egito um pacto de reconciliação para pôr fim aos quatro anos de cisão entre os grupos. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que o acordo encerra "quatro anos negros" que feriram os interesses palestinos. No total, 11 facções palestinas impuseram a trégua.
Além de ter posto um fim à divisão, os dois principais grupos palestinos chegaram a um acordo verbal sobre a necessidade de continuar com o cessar-fogo com Israel, segundo disseram fontes palestinas ao jornal egípcio Al-Ahram. Em troca, exigem por parte de Israel que se comprometa também com o cessar-fogo e que facilite a passagem de pessoas e mercadorias pelos postos fronteiriços.
No entanto, em Israel, a reconciliação levantou muitos receios, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, interferiu na política interna israelense e pediu nesta terça-feira (03/05) a Abbas para que não respaldasse o acordo. Ele suspendeu a transferência da arrecadação fiscal palestina à Autoridade Palestina, dizendo que o Fatah deve escolher entre Israel e o Hamas que, segundo ele, é um "inimigo da paz".
O texto definido esta semana estabelece a formação de um governo de transição, integrado por tecnocratas, cujas principais tarefas serão preparar as próximas eleições palestinas e reconstruir a Faixa de Gaza. Ainda não está claro se este governo de transição irá reestruturar as forças de segurança, que respondiam a comandos diferentes.
Após o anúncio do acordo, milhares de palestinos saíram às ruas das principais cidades para celebrar. Cerca de duas mil pessoas se reuniram na Praça do Soldado Desconhecido, em Gaza, para manifestar aprovação ao acordo, de acordo com a Agência Efe.
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