Kadafi: começou o cerco a Bengasi.
Da Europa, especial para Terra Magazine.
–1. A situação em Bengasi está dramática. E os rebeldes, –descrentes de auxílio do Ocidente–, preparam-se para suportar o início de bombardeamentos por terra e mar pelas forças do tirano Muammar Kadafi.
O temor dos rebeldes foi confirmado, na televisão, pelas declarações de Saif al-Islam, segundo dos oitos filhos de Kadafi: - “Tudo estará terminado em 48 horas”.
Em Bengasi chegam avisos para os rebeldes não resistirem e entregarem as armas. Com o Tribunal Penal Internacional nos seus calcanhares, Kadafi quer evitar um mar de sangue em Bengasi.
Nas retomadas de Brega e Ajdabiya, antes das forças terrestres ditas “legalistas” invadirem, houve intenso bombardeamento por aviões de caça e artilharia naval.
Para os jovens estudantes reunidos hoje em Bengasi, o que mais se ouviu foram lamentos: “ Europa e EUA são aliados de Kadafi e querem só o nosso petróleo”.
Depois de os ministros do exterior do G8, reunidos no início da semana em Paris, terem descartado a proposta de estabelecimento de uma ‘no-fly zone’er apresentada conjuntamente por França e Grã-Bretanha, o tema será reexaminado pelo Conselho de Segurança da ONU.
Só não se sabe da antecipação da reunião, pois marcada apenas para a próxima terça feira.
Pelo quadro, o Conselho poderá ter uma desagradável surpresa. Ou seja, a de o coronel Kadafi , quando da reunião do Conselho de Segurança, já haver retomado Bengasi, a cidade onde tudo começou e que formou um Conselho de Transição, composto por 30 membros, para governar o país.
–2. PANO RÁPIDO. No Bahrein, o Ocidente finge que a violência não é problema.
Ccom auxílio da força saudita e do chamado Conselho de Cooperação formado pelos Emirados Árabes, Kuwaiti, Qatar (Catar), Arábia Saudita e Oman, o soberano do Bahrein, Sheik Hamad bib Isa al- Khalifh, no poder desde 6 de março de 1999 (o Bahrein é uma monarquia hereditária desde agosto de 1971), reprime os civis que querem mais liberdade e fim da exclusão.
Pelo andar da carruagem, o Ocidente está preocupado somente com a Líbia. E a secretária Hillary Clinton, que não desejava a queda de Hosny Mubarack no Egito, limita-se , no Bahren, a pedir a “promoção do diálogo”. Tudo sem corar.
Walter Fanganiello Maierovitch
_________________________________________
Nenhum comentário:
Postar um comentário