terça-feira, 15 de março de 2011

O risco de guerra generalizada no Golfo

Enquanto os olhos do mundo estão sobre o Japão e a mídia ignora, a ação brutal de repressão do Governo aos protestos no Bahrein continua. 
Numa ação, sem precedentes, tropas da Arábia Saudita atravessam a ponte em socorro à Família Real, na pequena ilha, sede também da 5ª Frota dos Estados da Unidos da América.
A justificativa é de que as tropas teriam somente a função de proteger instalações do Governo.
Mas a ação está sendo vista como um ato de guerra pela oposição no Bahrein e pelas imensas populações Shias em todo o Mundo Árabe e no Irã.
A Família Real, Suni (sunita), continua a ordenar a repressão maciça dos protestos comandados pela imensa maioria Shia (xiita) da população do país.

A chegada das tropas da Arábia Saudita, chamada por muitos analistas regionais de "Provocação Regional" e  "Exportação do Terror" já provoca o clamor por uma reação da maior potência de maioria Shia da região, o Irã.
*A República Islâmica do Irã pode estar sendo 'tentada a se ver como atraída' - provavelmente sem nenhum sucesso, mas provocando uma imprevisível tensão geopolítico-diplomático-militar - para a armadilha de uma guerra há muito desejada pelos EUA, ainda melhor num território terceiro.
*Vejo também a ação como uma tentativa de desviar o curso e a essência da Revolução do Bahrein de um 'puro clamor democrático' para um caráter de 'Guerra Divisionista Interna ao Islã', com possível "contaminação" regional, rivalizando Sunis e Shias.
*Shias e Sunis sempre conviveram em relativa paz até a intervenção estadunidense no Irã via Saddam Hussein que provocou a Guerra Iraque-Irã, "A Guerra Imposta" (1980-1988).
*(notas do publicador).

Nenhum comentário: