segunda-feira, 7 de março de 2011

Aeronáutica desmente "reporcagem" do Globo

O jornal "O Globo" inventou uma "reporcagem", dizendo que o Comando da Aeronáutica teria gasto R$ 8 milhões "para hospedar a presidenta Dilma na base militar Barreira do Inferno", no Rio Grande do Norte, durante o carnaval.
O jornalão mentiu ao misturar o gasto total de custeio da base em 2010 com "preparativos" para receber a presidenta (que nem sequer imaginava onde passaria o carnaval 2011, quando os gastos foram feitos).

O Coronel Aviador Marcelo Kanitz Damasceno, do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, escreveu ao jornalão uma nota desmentindo e esclarecendo:

Em relação à reportagem “Em base militar com praia deserta, Dilma passará carnaval em família” (4/3), o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica esclarece que há equívocos nos dados que podem levar o leitor a uma interpretação errônea dos fatos. A reportagem erra ao afirmar que ocorreram despesas no valor de R$ 8 milhões tendo em vista a visita da presidente da República. O valor que a reportagem alude possivelmente refere-se aos R$ 7.830.599,10 correspondentes a todo o volume de empenhos emitidos pelo Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) em 2010, de acordo com dados disponíveis no Siafi. Este valor refere-se às despesas de custeio administrativo de todas as atividades do CLBI em 2010, dentre os quais R$ 2,36 milhões de investimentos realizados para atender às demandas do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), como o lançamento do foguete Improved Orion, previsto para ocorrer em abril deste ano. As melhorias envolvem reforma do lançador principal, ampliação da casamata, além de construções, como o prédio de montagem de motores e um laboratório para experimentos científicos.
Como é de praxe, o jornalão faltou com a ética, primeiro em não ter ouvido o outro lado quando fez a "reporcagem", e segundo quando não teve a decência de publicar no mesmo espaço do noticiário onde fez a "reporcagem". Se limitou a publicar na sessão de cartas dos leitores.
Isso explica a resistência do jornalão à submeter-se ao controle social de um conselho de ética independente, representativo da sociedade.
Quem não ética, tem horror a conselhos de ética, assim como ladrão tem horror da polícia honesta.
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