sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Notas


Alta infidelidade
Carlos Lupi, ministro do Trabalho, subiu no telhado. Não se sabe por quanto tempo se aguentará por lá após o comportamento dissidente na votação do salário mínimo. Sugere-se que Brizola Neto, secretário do Trabalho de Sérgio Cabral, fique de plantão.
Cena mínima
Do blog do deputado e ex-governador Anthony Garotinho: “O que se viu no plenário da Câmara dos Deputados foi um verdadeiro teatro, gente que sempre votou contra o trabalhador (…) defendendo “os velhinhos”. Irônico, comparou o que presenciou na votação do salário mínimo a uma forma de “penitência dos pecados” da oposição.
Agenda Lula
Assim que decidir terminar o período de férias, o ex-presidente Lula terá três prioridades de trabalho: o Memorial do Povo Brasileiro, o Instituto da Cidadania e a criação de um portal.
Sinal de alerta
Cresce a insatisfação com a ministra da Cultura, Ana de Hollanda. Ela foi alertada pelo ministro Gilberto Carvalho de que deve abrir as portas do ministério para o diálogo.
Lição dos “hermanos”
Nelson Jobim, ministro da Defesa do Brasil, defendeu o uso das Forças Armadas na segurança pública em conversa com ministros argentinos, em Buenos Aires. Falou o que quis e ouviu o que não queria. O ministro Arturo Puricelli, com função similar à de Jobim, disse que a Argentina não poderia seguir esse caminho sem, antes, “reformar as leis internas”.Isso também precisaria ser feito no Brasil, onde, no entanto, há pouco respeito aos ritos constitucionais. É possível que Jobim, na ocasião, tenha corado as bochechas.
Estratégico
Moreira Franco, ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), acaba com a inquietação dos petistas sobre os boatos de demissão de Marcio Pochmann do Ipea. “Eu nunca discuti a saída do Marcio. Ele fica”, diz. Moreira explica os boatos: “Todo início de governo é como caminhão que transporta porcos. No começo reagem. Depois se acomodam”.
Ilusões perdidas
O PV saiu animado da eleição presidencial com a votação de Marina Silva, no Rio de Janeiro.  Ela obteve mais de 2 milhões e 600 mil votos (31%). A concentração do apoio dela na capital acalenta o sonho do partido de, eventualmente, lançar a candidatura de Marina à prefeitura, em 2012. Pesquisa Ibope entre os cariocas pode ter jogado água na fervura. Marina ficou com 5% das intenções de voto na sondagem. Superou Índio da Costa (DEM), que obteve modestíssimos 2% e foi superada por Cesar Maia com 10%. Candidato à reeleição, Eduardo Paes (PMDB) alcançou 40%.
PMDB versus PT
Já foi diagnosticado, para temor dos corações aflitos, o aumento da representação da esquerda entre os deputados. Esse crescimento  é sustentado pela bancada do que, pela primeira vez, superou numericamente a do PMDB, partido que nas duas últimas décadas teve preeminência na Câmara. Os peemedebistas saíram da eleição de 1986 com 131 representantes e, em 1990, caíram para 109. Nesse mesmo período, o PT, em alta, saltou de 17 para 35 deputados (tabela).  Essa competição eleitoral acirra a disputa entre os dois maiores aliados da base governista.
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