Najib Mikati, apoiado pelo bloco do poderoso Hizbollah, foi designado nesta terça-feira (25) primeiro-ministro libanês, por decreto presidencial. A nomeação é questionada pelo bloco pró-americano de seu antecessor Saad Hariri.
"A nomeação não é uma vitória de um bloco contra o outro", declarou Mikati à imprensa ao sair de uma audiência com o presidente da República."É a vitória da reconciliação em detrimento das divergências", acrescentou o novo primeiro-ministro. "Nada justifica que uma parte política se negue a participar no futuro governo", afirmou Mikati. "Estendo a mão a todas as partes", acrescentou.
Por sua parte, os partidários de Saad Hariri já indicaram que não participarão em nenhum governo dirigido por um candidato do Hizbollah. Os partidários de Hariri opinam que a designação de Mikati é uma tentativa do Hizbollah de impor sua vontade no Líbano.
O país se encontra mergulhado numa grave crise política vinculada à ata de acusação do Tribunal Especial para o Líbano (TSL) da ONU encarregado de investigar o assassinato de Rafic Hariri.
Também os sionistas israelenses, que agrediram o Líbano em 2006 e foram derrotados, manifestaram desagrado com a a indicação de Mikati. O vice-premiê de Israel, Silvan Shalom, disse no fim de semana que havia um perigo de que um "governo iraniano" se estabelecesse no Líbano. Ele disse que o Hizbollah "pode não mais ser um simples grupo terrorista operando com apoio do Irã, mas um grupo terrorista no controle do país".
A declaração do vice-premiê de Israel é uma clara provocação e contém uma ameaça de nova agressão ao Líbano, sob o pretexto de que o controle do Hizbollah sobre o governo libanês significará o com trole do Irã sobre o país árabe.
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