Gilmar e Johnbim, a herança de FHC.
Antes tarde do que nunca.
Janio de Freitas, na pág. A8 da Folha (*), mostra perplexidade (e indignação, provavelmente) com o crime do grampo sem áudio .
Clique aqui para ler também: “Para o Juiz Walter Maierovitch, Gilmar cometeu crime previsto no Código Penal”.
O título do artigo de Janio é sugestivo: “Em tempo”.
“Quando não se esperava mais esclarecimentos, PF diz que não houve grampo ilegal em Gilmar Mendes”.
Janio trata da perseguição de Gilmar Dantas ao corajoso Juiz Fausto De Sanctis.
A “grave” denúncia do Gilmar Dantas: o Brasil vive num “Estado Policial”.
Chama a intervenção do Nelson Johnbim de “gaiata” – com aquela babá eletrônica que o Johnbim produziu e não passava de um anúncio copiado da internet.
O assunto ia morrer nas mãos cautelosas e apropriadas do Diretor Geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, até que saiu uma notícia numa colona do Globo:
“A Polícia Federal concluiu que não houve grampo”.
Nem uma nota oficial, nem um documento da PF.
Apenas, um vazamento para o Globo.
Bem que o Dr Corrêa poderia encerrar sua gloriosa passagem pela PF com uma entrevista com o selo da PF ao fundo e dizer: o Brasil não conseguiu fazer essa notável contribuição à Civilização Ocidental: produzir um grampo sem áudio.
O grampo do Gilmar não tinha áudio !
Logo, não existe.
Mas, sabe como é, amigo navegante, o Dr Corrêa não cria problemas.
Resumo da história, segundo Janio: Demóstenes Torres (a outra ponta do “grampo”) “não participava das elucubrações de ‘Estado Policial’ de Gilmar Mendes e Nelson Johnbim (sempre juntos – PHA !), nem dos conflitos do primeiro com a Polícia Federal, com o Juiz De Sanctis e com o delegado Protogenes; nem da investida do segundo (Johnbim – PHA) contra dirigentes da ABIN (o ínclito delegado Dr. Paulo Lacerda – PHA), cuja demissão sumária sugeriu a Lula e viu atendida”.
Viva o Brasil !
Em tempo: a PF do Dr Corrêa poderia usar a tecnologia da VEJA. A VEJA fez uma capa a quatro mãos (Márcio Aith e Daniel Dantas) e assegurou que o presidente Lula tinha uma conta secreta num paraíso fiscal, porque não conseguiu provar que essa conta não existia. O Dr. Corrêa poderia ter dito, quem sabe ?: não conseguimos provar que o grampo não existia, logo, ele existe ! Ou, como não conseguimos provar que Papai Noel não existe, ele existe. É mais ou menos assim na VEJA – e no PiG.
Em tempo2: nem todos os articulistas da Folha são como Janio. Na pág. 2. a colonista Eliane Catanhêde publica a carta de viúva de uma vítima do desastre da TAM em Congonhas. A carta é comovente. A colona, repugnante. A colonista da Folha é, como se sabe, especialista em “Assuntos do Ar”. Ela fez parte o grupo mais aguerrido de colonistas que responsabilizou o presidente Lula pela queda do avião da Gol e pela tragédia da TAM. Catanhêde não desiste: continua a acertar suas contas com Lula. Para ela, segundo essa colona, Lula foi quem não quis pisar no freio do avião da TAM. Viva o Brasil !
Paulo Henrique Amorim
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