A Folha publica na página A4 a entrevista com funcionária da Receita que diz ter o documento que comprova o pedido de revisão da declaração feita pela filha do Serra.
A filha do Serra, como não se cansa de demonstrar esse Conversa Afiada, foi sócia da irmã de Daniel Dantas em Miami (em Miami!) – clique aqui para ver os documentos do Governo da Florida.
O jenio disse ao portal Terra que a sócia da irmã de Dantas não pediu para rever a sua declaração.
Rever a declaração é um direito de todo contribuinte.
O que há de errado nisso tudo é a construção de uma máfia para comercializar declarações de Imposto de Renda.
Aparentemente, foram violadas 300 declarações, entre elas uma linha de ataque de personagens indissoluvelmente ligados à carreira política de José Serra: Preciado, Ricardo Sérgio e Eduardo Jorge.
Eduardo Jorge trabalhou na sala ao lado do presidente Fernando Henrique Cardoso, da qual deu algumas dezenas de telefonemas ao Juiz Lalau.
Também não há nada de errado um pai tentar proteger a filha depois de uma informação – essa entrevista da Folha – que atenua a gravidade do crime cometido.
Pai é pai.
O que há de errado nesta questão é a tentativa desesperada de José Serra de criminalizar a sua adversária política, Dilma Rousseff, e atribuir a ela, como fez ontem no jornal da globo, um crime seguido de fraude eleitoral.
Ao longo desta campanha, José Serra já foi vítima de várias processos judiciais, um deles iniciado pelo Cloaca News, que quer saber quem são aqueles que o jenio chama de “blogs sujos” e que recebem grana do Lula.
O que há de patético nesta história é o jenio agarrar-se ao Eduardo Jorge e agora à filha, com a colaboração do Gilmar Dantas e um guru indiano, para concorrer à eleição de forma minimamente competitiva.
O PiG de hoje fornece novas informações que caracterizam o vazamento do sigilo fiscal como uma operação típica de uma máfia sem objetivos políticos.
O Jenio, Gilmar e o FHC tomam da UDN a bandeira da corrupção sem o brilho, o talento e o poder destrutivo do Carlos Lacerda.
Porque, como disse o Brizola Neto, quem nasce para José Serra não chega a Carlos Lacerda.
Paulo Henrique Amorim
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