Que banco não emprestaria à Petrobras? O banco da Miriam!
Amigo navegante telefona perplexo para perguntar se ouvi a Miriam Leitão hoje na CBN.
Respondi que não tive este incomparável prazer.
Diz-me ele que, para Miriam, o empréstimo da Caixa Economica Federal de R$ 2 bilhões à Petrobras é um desvio de função.
Como se sabe, a Caixa é um banco.
Como se sabe, a Petrobras é a maior empresa da América Latina e o seu crédito tem a classificação internacional máxima: AAA.
A Caixa tem em caixa um colchão de R$ 100 bilhões de recursos próprios.
Ou seja, o empréstimo da Petrobras é uma gota d’água nesse colchão.
A função precípua da Caixa é financiar a compra da casa própria.
Até segunda-feira passada, a Caixa tinha financiado R$ 38 bilhões para comprar casa própria.
Isso equivale a um aumento de 95% sobre o que a Caixa financiou em todo o ano passado.
Se o banco da Miriam não empresta à Petrobras, está na hora de avaliar, pelos critérios da Basiléia, a solvência do banco e a sensatez de seus administradores.
Desde 1952, quando a Petrobras foi fundada, a Miriam Leitão e o PiG são contra a Petrobras e assim serão até 2052.
Quando não haverá vestígio de um e nem de outro e a Petrobras continuará a ser a maior empresa da América Latina.
E cada vez mais brasileiros terão casa própria.
E cada vez menos brasileiros terão o incomparável prazer de ouvir a CBN.
Eduardo Guimarães
Diante do aumento menor do que o esperado da taxa Selic – esperava-se 0,75% e o aumento foi de 0,5% – na última reunião do Copom, o comentarista de economia do Jornal da Globo, Carlos Alberto Sardemberg, e o âncora Willian Waack acusaram o Banco Central de ter aumentado menos a taxa por “motivação política”.
Trocando em miúdos a tese da dupla, o BC teria aumentado em menos 0,25 p.p. a Selic para ajudar a campanha eleitoral de Dilma Rousseff.
A teoria é tão cretina que custei a acreditar que tivesse sido proferida, pois se houvesse motivação política no BC a Selic não teria voltado a subir nos últimos meses, em pleno ano eleitoral.
O fato de a Selic ter aumentado menos do que os dois palhaços da Globo esperavam não irá gerar absolutamente nenhum efeito eleitoral, pois o aperto monetário continua se acentuando e ninguém conseguirá perceber qualquer diferença entre aumento de 0,5 p.p. ou de 0,75 p.p.
A teoria é tão burra que ignora que Dilma cresceu nas pesquisas durante o auge do aperto monetário desencadeado pela inflação de demanda que começou a surgir neste ano, com a economia crescendo a taxas consideradas “chinesas”.
É claro que o que interferiu na decisão do BC sobre o aumento da taxa básica de juros da economia foi a queda acentuada da inflação e a perceptível redução da atividade econômica, redução que continuará em curso durante a campanha eleitoral.
Eis a prova de que não há nada que este governo faça que deixará de ser criticado pela Globo, porque o objetivo é apenas o de criticar. É uma aposta na incapacidade do público de refletir que se o governo aumenta os juros é criticado e se baixa, também é criticado.
A Globo continua apostando na burrice do povo. Já do lado do governo Lula e da campanha de Dilma, a aposta é inversa. Este é o busilis desta eleição: será o brasileiro tão burro a ponto de negar continuidade a um governo que melhorou tanto a sua vida com base em meros “trololós” ideológicos e econômicos?
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