quinta-feira, 22 de julho de 2010

Embaixador da Venezuela mostra como Estadão faz editorial

A O Estado de S.Paulo
Sr. Ruy Mesquita — diretor de Opinião
Sr. Antonio Carlos Pereira — editor responsável de Opinião
Sr. Ricardo Gandour — editor de Conteúdo

Senhores,
É com grande preocupação e mal-estar que a República Bolivariana da Venezuela, por meio de seu Embaixador no Brasil, dirige-se a esse jornal, de reconhecidas qualidade e tradição entre os veículos da imprensa brasileira. E a razão não é outra senão nossa surpresa e indignação com os termos e o tom de que sua edição de hoje (20/07/10) lança mão para atacar o presidente de um país com o qual o Brasil e os brasileiros mantêm relações do mais alto nível e qualidade.
O respeito à plena liberdade de imprensa e de expressão é cláusula pétrea de nossa Constituição e valor orientador do governo de nosso país. A estas diretrizes, no entanto, cremos que devam sempre estar associadas a lhaneza na referência a autoridades constituídas – democraticamente eleitas — e a plena divulgação de todos os fatos associados a uma cobertura jornalística.
Cremos descabido que um jornal como "O Estado de S.Paulo" se refira ao presidente Hugo Chávez, eleito e reeleito pelo voto livre da maioria dos venezuelanos, com o uso de termos e expressões como "lúgubre circo de Chávez", "autocrata", "protoditador", "circo chavista", "caudilho", "lúgubre picadeiro", "costumeira ferocidade", "rugiu", "toque verdadeiramente circense da ofensiva chavista – no gênero grand guignol". 
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