quinta-feira, 17 de junho de 2010

BrOi naufraga

Navalha

Saiu na primeira página do Valor (clique aqui para ler): acionistas minoritários rejeitam proposta da Oi e Oi volta à estaca zero.


A junção da Brasil Telecom com a Oi foi uma patranha, como sempre disse o Conversa Afiada.
Os únicos que se deram bem na patranha foram o Citibank, que era sócio da Brasil Telecom, o grupo de investidores GP, que estavam na Oi, e o passador de bola apanhado no ato de passar bola, Daniel Dantas.
Para permitir que a patranha se construísse, Daniel Dantas recebeu um cala-a-boca de US$ 1 bilhão.
Quem entrou com o dinheiro foi o BNDES, através de recurso do Erário e do FAT, ou seja, o povo brasileiro.
O BNDES esposa a teoria que nutriu o Partido Comunista Brasileiro por muitos anos, que consistia em criar uma “burguesia nacional”.
Funcionaria mais ou menos assim: pega um Matarazzo, junta com um Klabin e isso dá um Rockefeller.
Com isso, o partidão achava que se criaria uma “burguesia nacional” para enfrentar o imperialismo yankee.
Hoje o imperialismo yankee se escreve com as letras SLIM.
O BNDES não criou uma “burguesia nacional” mas, sim, uma P-36, que o governo FHC/Serra gloriosamente afundou na Bacia de Campos.
A BrOi vale cada vez menos.
Esta cada vez mais endividada, pois tem uma dívida de R$ 30 bilhões.
As ações do povo brasileiro através do BNDES na BrOi encaminham-se para se tornar um patrimônio tão sólido quanto um saco de pó.
Os empresários (?) Sérgio Andrade e Carlos Jereissati terão todos os motivos para sugar a BrOi até onde der e entregar a laranja chupada ao BNDES para reestatizá-la.
Quanto aos trabalhadores do FAT, recomenda-se reclamar com o Bispo.
A BrOi alega que tem que dar muito pouco dinheiro aos acionistas minoritários porque precisou fazer uma provisão adicional, inesperada, para cobrir perdas judiciais inevitáveis, calculadas em mais de R$ 2 bilhões.
O interessante é que essas ações foram movidas por Daniel Dantas contra a Brasil Telecom, enquanto Daniel Dantas administrava a Brasil Telecom para defender a Brasil Telecom em nome dos fundos de pensão Previ, Petros, e Funcef.
Ou seja, Dantas processava ele próprio.
Dantas levou US$ 1 bilhão para permitir a construção da BrOi.
E agora com as ações judiciais em curso, detona a BrOi.
Como diz o Fernando Henrique, ele é “brilhante”.
E viva o Brasil !
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