O Conversa Afiada publicou a carta que João Pedro Stédile enviou a membro obscuro do Sistema Dantas de Comunicação.
Nessa carta, Stédile revela que foi o INCRA que moveu ação contra Cutrale, por ter invadido terras em São Paulo.
Um processo judicial público.
Clique aqui para ver como a Polícia do Zé Alagão trata os membros do MST para defender os grileiros da Cutrale.
É importante reter, também, como o jornal nacional do Ali Kamel e dos filhos do Roberto Marinho – eles não tem nome próprio – defendeu os grileiros.
Portanto, a Cutrale faz grilagem.
A Cutrale também formou um cartel para explorar os produtores de laranja e fixar preços em detrimento dos consumidores.
Crime do colarinho branco, portanto, que segundo a Folha (*) da província de S. P., na pág. B7 de hoje, a Secretaria de Direito Econômico vai apurar.
Por favor, amigo navegante, leia o que disse o Stédile:
RESPOSTA DE JOÃO PEDRO STEDILE AO PORTA-VOZ DO PRESIDENTE COLLOR
1. Tínhamos conhecimento que o antigo porta-voz do presidente Collor usava sistematicamente fontes de agentes da inteligência dos governos militares. Recomendamos que troque seus informantes. As notas (quem nem podem ser classificadas como notícias) divulgadas são vergonhosamente manipuladas.
2. Repetimos que as terras ocupadas em Iaras são áreas públicas. Os integrantes do MST tomaram conhecimento da ilegalidade da Cutrale pelo processo judicial que o INCRA move contra a empresa por usurpação de bens públicos.
3. A empresa Cutrale é uma usurpadora de bens públicos com a sua invasão de uma área da União de mais de 5 mil hectares, a qual a empresa formadora de cartel do suco de laranja (como denunciou a Folha de S. Paulo) se diz dona.
4. Ainda bem que o seu governo delinqüente sofreu um impechement em 1992.
5. Sugiro a todos e todas a leitura do livro “Morcego Negro”, do jornalista Lucas Figueiredo, da Editora Record, que relata com detalhes como a sua turma se comportava no governo Collor.
João Pedro Stedile, integrante da coordenação nacional do MST
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