Do Blog Cidadania
Vejamos se entendi bem a mais nova estratégia da mídia para eleger Serra. A ideia, pelo que mostra o noticiário que dominou todos os grandes jornais, tevês, rádios e portais de internet, parece ser a de desmoralizar Lula “denunciando” seu apoio ao governo de Cuba em detrimento dos presos políticos daquele país.
Ao desmoralizarem o presidente da República, os meios de comunicação vinculados à candidatura do PSDB à Presidência anulariam o melhor e mais influente cabo eleitoral do mundo.
Os brasileiros, por essa linha de raciocínio, ignorariam fatos como a criação de meros dois milhões de empregos prevista pelo Ipea para 2010. Não dariam a menor bola para o fato de que, com a economia galopando, já falta mão-de-obra no Brasil, fenômeno que também já está elevando consideravelmente os salários.
Comovido com as greves de fome dos contra-revolucionários presos em Cuba e revoltado com a amizade entre Lula e os irmãos Castro, o povo repudiaria Dilma Rousseff e votaria em massa em José Serra, o qual, uma vez eleito presidente, faria o Brasil aderir ao embargo americano à ilhota caribenha.
Preparem-se, pois, para as próximas pesquisas de opinião, petistas e simpatizantes do PT. Finalmente a mídia encontrou a fórmula para desmoralizar Lula e destruir a candidatura Dilma.
Mas a estratégia midiática irá gerar um problema muito sério para o novo presidente, José Serra. A população carcerária brasileira, vendo a eficácia da greve de fome, aderirá em massa a essa estratégia revolucionária imaginando que os mesmos veículos de mídia exigirão sua liberdade.
O governo cubano também deve estar se remoendo de vergonha e de medo. De agora em diante, toda greve de fome de um preso o levará à liberdade. Uma vez livre, poderá defender publicamente o embargo americano a Cuba e voltar a articular a derrubada do governo.
A greve de fome revolucionará o mundo. Eu, por exemplo, já estou planejando fazer uma diante de cada cliente meu até que compre meus produtos. A presidente argentina pode fazer a sua para que a Inglaterra devolva as Malvinas.
Do leitor
No caso do Cesare Batistti, um preso político, Lula falou, publicamente, que não adiantaria nada ele fazer greve de fome e que seria saudável que ele parasse com aquilo. Não apareceu ninguém para dizer que o presidente estava contra um instrumento de luta política. Batistti estava todo dia na mídia. Quando iniciou a greve de fome, sumiu. O cubano Zapata só apareceu porque morreu em Cuba. Se morre aqui, babau.
Wilson Cunha Junior - Goiânia - GO
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