sexta-feira, 19 de março de 2010

Farol critica Lula porque não se ajoelha diante dos EUA

Esse texto lapidar, escorreito, claro, inequívoco é trecho de palestra que o Farol de Alexandria pronunciou na Academia Brasileira de Letras e se encontra mumificado num pé de página da Folha da província de São Paulo, na página A12.

Quando o New York Times NewService não renovou  contrato de colaboração com o Farol de Alexandria, um jornalista americano que participou do desenlace me explicou que o principal problema do Farol é que o texto dele é “bloated” – inchado, empanturrado, gorduroso.
Mas, não é esse o problema.
O problema é o conteúdo
O que o Farol quis dizer, se soubesse falar, foi o seguinte:
Política externa boa era a minha, de alinhamento automático com os Estados Unidos (do Clinton, que me  re-elegeu).
Essa história de ter uma “ação de moderação (sic)” na América Latina é muito interessante.
Quem modera na Colômbia ?
Quem modera no Panamá ?
Quem modera na base militar americana no Paraguai ?
Foi ele, o “moderador”, que moderou essa “ação moderadora” dos Estados Unidos na América Latina ?
O que o Farol não tolera é a projeção internacional do Brasil, no Governo Lula.
Nem ele nem os chanceleres do Serra: Lampreia, Barbosa, Lafer, Otavinho, etc .
Agora, por exemplo, segundo a capa do Estadão da província de S. P. , Israel pediu para Celso Amorim ir à Síria conversar sobre o Irã.
O Farol morre de inveja.
E cuidado: o texto dele tem alto teor de colesterol.

Em tempo: na mesma reportagem da Folha, FHC sugere que o PSDB comece a campanha mesmo sem candidato. Interessante. O PSDB quer escolher o vice antes do candidato. E agora fazer campanha SEM candidato. Eles são uns gênios.

Paulo Henrique Amorim
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