Estadão faz um balanço do desastre de Gilmar no STF. Melhor seria se não tivesse feito

Saiu na pág. 3 do Estadão da província de SP :

“… o saldo da gestão de Gilmar Mendes é positivo, figurando (viva o gerúndio ! – PHA) na coluna de créditos a expansão da área de comunicação (sic) do Supremo, e também a ampliação da maquina burocrática e do campo de atuação do CNJ, o que lhe permitiu viajar (sic) por todo o país …”
 
Ou seja, a gestão do Supremo Presidente teve duas virtudes capitais: aperfeiçoar a assessoria de imprensa e o departamento de viagens do Conselho Nacional de Justiça.
Não fala do trabalho afanoso do Supremo Presidente e sua capacidade de fazer a Globo se curvar diante de dele, altas horas da noite.
Não diz que Ele evitou o Golpe de Estado Policialesco, liderado por Protógenes Lênin Queiroz.
Não menciona que Ele defenestrou o perigosíssimo Paulo Lacerda, que solapava as instituições republicanas com uma babá eletrônica.
Não menciona que Ele tentou dar um Golpe de Estado da Direita.
Que Ele acelerou as decisões judiciais e deu dois HCs em 48 horas a um passador de bola apanhado no ato de passar bola.
Não menciona que Ele foi flagrado num grampo sem áudio e resistiu à pressão para divulgar o áudio do grampo sem áudio.
Não menciona o serviço que Ele prestou às mães de todo o país, ao libertar o santinho do Roger Abdelmassih.
Não, nada disso.
O Supremo Presidente passa dois anos na Suprema Presidência e o que o Estadão consegue elogiar é o departamento de imprensa do STF e o de viagens do CNJ.
O Conversa Afiada recomenda enfaticamente a leitura sempre inteligente de Joaquim Falcão na pág. A12 da Folha da província de SP, com o título “As férias dos juízes”.
Falcão elogia a primeira entrevista do novo presidente do Supremo, Ministro Cezar Peluso, que quer acabar com as férias de 60 dias dos juízes.
Com uma única entrevista, Peluso, antes de tomar posse, já fez mais pelo aperfeiçoamento da Justiça dos que os dois anos de um Supremo Presidente que transformou o CNJ numa corte privativa, que perseguiu juízes de primeira instância.
Já que Ele se notabiliza por viajar muito, por que não vai para Diamantino e fica por lá ? 

Paulo Henrique Amorim
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