terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Ibama libera Belo Monte com 40 exigências

Depois de mais de duas décadas de discussão, o governo federal autorizou ontem o leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, que deverá ocorrer no começo de abril.
A licença ambiental foi emitida com 40 condicionalidades e a exigência de investimentos extraordinários de R$ 1,5 bilhão por parte dos construtores.
Esse valor poderá elevar o custo da energia gerada na usina, previsto anteriormente por bancos de investimento em cerca de R$ 70 por MWh .
Os recursos serão destinados a minimizar impactos ambientais da construção e para dar contrapartidas sociais à população.
Essa quantia poderá elevar o valor total das medidas compensatórias para além dos R$ 2,5 bilhões antes previstos pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para os custos socioambientais do projeto.
Há previsões de outros custos socioambientais no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) que não o R$ 1,5 bilhão. Soma-se, ainda, um valor fixo, definido em lei, de 0,5% do total da obra, referente à compensação financeira.
Esse é um percentual que os empreendedores devem repassar ao Estado do Pará, onde se localizará a usina, e aos municípios afetados pela obra. O Ministério de Minas e Energia prevê, atualmente, investimentos totais de R$ 20 bilhões para que a hidrelétrica comece a gerar em 2015.
A usina de Belo Monte aprovada ontem é apenas uma sombra do projeto original, da década de 80. Quando concebida, seria um complexo de quatro usinas no rio Xingu, com uma área alagada de 1,2 mil km2.
A hidrelétrica que recebeu a aprovação prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tem capacidade de 11.233 megawatts (MW), mas com a área alagada de 516 km2 gerará ao longo do ano apenas 4.428 MW de energia firme.
Leia mais »
----

Nenhum comentário: