quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Só a reforma agrária para acabar com a escravidão.

Celso Amorim fez nesta segunda feira, na Academia Brasileira de Letras, no Rio, um discurso em homenagem aos cem anos da morte de Joaquim Nabuco.
O título da conferência foi “As duas vidas de Joaquim Nabuco: o reformador e o diplomata”.
A íntegra do excelente pronunciamento de Amorim está aqui.

E ainda temos que ouvir a Kátia Abreu e o Caiado …

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“Não há outra solução possível para o mal crônico e profundo do povo senão uma lei agrária que estabeleça a pequena propriedade, e que vos abra um futuro, a vós e vossos filhos, pela posse e cultivo da terra. É preciso que os brasileiros possam ser proprietários de terra, e que o Estado os ajude a sê-lo.”

“A propriedade não tem somente direitos, tem também deveres, e o estado de pobreza entre nós, a indiferença com que todos olham para a condição do povo, não faz honra ao Estado. Eu, pois, se for eleito, não separarei mais as duas questões: a da emancipação dos escravos e a da democratização do solo. Uma é o complemento da outra. Acabar com a escravidão não nos basta; é preciso destruir a obra da escravidão.”

Esses são trechos de um discurso de Joaquim Nabuco, na campanha abolicionista, pronunciado em Recife, na praça de São José do Ribamar, em 5 de novembro de 1884.

Segundo o chanceler Celso Amorim, “ele (Nabuco) levanta pela primeira vez a bandeira de uma lei agrária, a bandeira da constituição da democracia rural”.

Paulo Henrique Amorim

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