sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

QUEM ESTÁ POR TRÁS?


Do Sociólogo Tiberio Alloggio
no Blog do Jeso

Primariamente gostaria parabenizar a prefeitura por ter tido a coragem de responder a aquele tipo de “ocupação”.
Mostrar comando e capacidade de governança pode até prejudicar a imagem politica em setores marginais da população, mas com toda certeza ganha o apoio da maioria que não compartilha com os abusos.
O estrago ambiental que esse bando de laranjas já fizeram na área do Juá é tamanho. Os órgãos de controle e fiscalização deveriam portanto: identificar, cadastrar, notificar e multar os responsáveis, que inclusive são bem conhecidos e agem à luz do sol.
Espero que essa ação do Poder Público seja continuada e acelere o processo de reconversão daquela área.
Mas a pergunta que não quer calar é QUEM ESTÁ POR TRÁS dos laranjas e dos eventuais coitados que acabaram se envolvendo naquela aventura?
1) O “silencio” dos Políticos (Deputados e Vereadores) é tão assustador, que chega a ser uma declaração de cumplicidade.
Há boatos (no meio popular) que alguns dos laranjas que estão na frente da ocupação sejam “cabos eleitorais” de um conhecido Deputado que já estaria mobilizando suas bases para disputar o pleito desse ano.
Alguns Vereadores também estão sendo “cochichados” como beneficiários dessa ocupação.
2) O “silencio” dos supostos donos da área invadida também não deixa de preocupar. E muita gente está se perguntando sobre o papel real exercido por eles, desde o inicio da ocupação da área.
Sendo eu um adepto da teoria de que “o povo aumenta, mas não inventa” acredito que devemos ficar preocupados mesmo, antes que aquela área se torne conhecida na cidade com mais um nome politico local.
Portanto, Ministério Público e as autoridades policiais tem o dever de investigar os bastidores desse tipo de ações. Prender os mandantes.
Há duas lições a serem aprendidas com um fato dessa natureza.
Lati e Minifúndios (urbanos e rurais) já passaram do tempo e está na hora de acabar com todos eles.
O Poder Público tem que pôr uma pedra em cima deles priorizando o Ordenamento Territorial e Fundiário.
O deficit habitacional no município de Santarém (em processo violento de urbanização) alcançou o nível de perigo e se não tiver respostas públicas eficientes, os casos de invasão só tenderão a se multiplicar.
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