Perdeu às estribeiras

Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB


A violenta e agressiva reação de Sérgio Guerra, presidente do PSDB, ao destaque alcançado por sua afirmação que iria acabar com o PAC, é um indício que a candidatura Serra encontra dificuldades para ocultar para a opinião pública seus objetivos de retrocesso.
Contrariando a intenção do candidato, que procura ocultar sua oposição ao governo Lula e seu programa para o país, à entrevista de Sérgio Guerra à revista Veja suscitou ao contrário uma percepção dos riscos do retorno dos tucanos ao poder.
Talvez por ter “deflagrado um mal-estar no tucanato”, ou por ter dito alto o que Serra pensa fazer; Sérgio Guerra ficou alterado. 
Mas o nervosismo do porta-voz de José Serra também se explica por ter ficado a descoberto, afirmando com todas as letras que os tucanos iriam acabar com o PAC. 
Quando os holofotes mostraram que com Serra o PAC não iria enfrente e seria acabado, reforçando a inquietação que o mesmo possa vir a acontecer com “Minha Casa, Minha Vida” ou com outros programas que foram atacados e combatidos pelos demo-tucanos; o presidente nacional do PSDB perdeu às estribeiras e visivelmente nervoso e alterado lançou, em nota, uma série de agressões e ataques contra Dilma.
“ESQUIZOFRENIA. O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), andou dizendo que um governo tucano acabaria com o PAC.
Anteontem reformulou: “Muito do que o governo chama de PAC não passa de pedras fundamentais para servir de palanque eleitoral”. Enquanto isso, o presidente do PSDB do Rio, José Zito, prefeito de Duque de Caxias, coloca outdoor na Linha Vermelha, na altura da Dutra, que diz: ‘O PAC é uma realidade’ “.
A “esquizofrenia” se aplica com evidencia a orientação formulada por Serra sobre o eixo de sua candidatura, quando afirmou que ele falaria do futuro e o PSDB faria oposição.
Os acontecimentos mostram a dificuldade em manter em segredo o fato que Dr. Jekyll e Mr. Hyde, são o mesmo personagem: José Serra.
Sérgio Guerra é só o boneco do ventríloquo.
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