segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Marina quer colar sua imagem no Presidente Lula

A senadora Marina Silva vai aproveitar o início do ano para acertar a equipe e as linhas de ação de sua candidatura.
O primeiro movimento será sua apresentação no programa do partido, que irá ao ar em rede nacional de TV e rádio no dia 10 de Fevereiro. Pela primeira vez, ela falará diretamente para os eleitores na condição de candidata e sabe que precisa se tornar mais conhecida.
O PV celebrará sua entrada no partido e apresentará sua trajetória política e de vida, buscando até semelhanças com a história do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Como Lula, a origem de Marina é humilde e personagem de grande carisma. Trabalhou nos seringais do Acre, sofreu contaminação por mercúrio e conseguiu se alfabetizar tardiamente. Ela será a estrela do programa que terá produção vip, dirigido pelo cineasta Fernando Meirelles, do filme Cidade de Deus. O diretor é um dos novos "cardeais" que vêm se agregando à campanha, como é o caso do empresário Guilherme Leal, da Natura, possível vice na chapa presidencial de Marina.
Mas há preocupações da ex-ministra do Meio Ambiente e do PV. Uma delas é desfazer impressão que pode abrir mão da disputa ou ser linha auxiliar em favor da candidatura do governador de São Paulo, o tucano José Serra, líder nas pesquisas.
Depois de deixar o governo e se desfiliar do PT, Marina entrou no PV não só pela perspectiva de se candidatar ao Planalto. O eixo era a possibilidade de nacionalizar a discussão sobre o meio ambiente e apresentar visão crítica diante da maneira como o governo trata o setor.
Ela diz que não existe a menor possibilidade de interromper o processo de sua candidatura nem de aproximação com a campanha tucana.
Marina e seus aliados acham que essa associação com Serra pode liquidar qualquer perspectiva positiva para sua candidatura.
Outro ponto é ampliar o alcance de sua candidatura. A questão ambiental será tema central. Os verdes têm como objetivo fazer com que o assunto se torne agenda obrigatória para o próximo presidente eleito.
O objetivo é fazer com que Marina termine 2010 maior do que entrou e aponte perspectivas nacionais para ela e o PV. Isso garantiria voz e espaço nas negociações com o próximo governo.
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