sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A SORDIDA E O SORDIDO

Saiu na Folha, pág. E16, artigo de Contardo Calligaris, de título “Lembranças de César Benjamin”

A moral do artigo está na frase: “… a boçalidade não é uma prerrogativa de classe”.
Ou seja, até os proletários do Partido Comunista Italiano – onde militaram Berlinguer, Togliatti e Gramsci, uns beócios, como se sabe – , diz no notável colonista, são capazes de uma boçalidade.
Quanto mais um nordestino, “analfabeto”, sem um dedo …
O bom da Folha é que ela tem coerência, desde os tempos em que “Seu Frias” emprestava o jornal dele para dizer que o Bacuri morreu numa tentativa de fuga.
Ela insiste: ela é sórdida.
Clique aqui para ler “A Folha quer calar o blogueiro ?”

Paulo Henrique Amorim
Em tempo: a certa altura, o notável colonista da Folha diz que “foi a última vez que frequentei a célula de um partido político”. Não faz a menor falta… O notável colonista compartilha com o patrão, o Otavinho, aquele nihilismo-hermético que sublima o pós-fascismo.

Em tempo2:
amigo navegante telefona para dizer que o Globo de hoje publica artigo sórdido sobre o mesmo tema. Pondero que este do Globo não tem importância. Trata-se de uma daquelas deidades provinciais de São Paulo. O da Folha, não. Tem reputação inter-planetária.
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Um comentário:

Unknown disse...

César Benjamin é apenas um sintoma

Participei do repúdio à “Ditabranda”, mas não fui ao protesto contra o artigo de César Benjamin. Acho que a celeuma lhe conferiu visibilidade desnecessária e alimentou uma ilusória vocação “polemista” da Folha.
É incrível que o jornal tenha descido a esse nível de vulgaridade. Há alguns anos, seria inimaginável que qualquer veículo publicasse um texto acusando o presidente da República de querer sodomizar alguém na cadeia (tecnicamente, “atentado violento ao pudor”), apenas porque um colunista obscuro decidiu combater a popularidade do mandatário.
Parece fácil, para Antonio Cicero e outros, defender essa liberdade opinativa de mão única. Mas ninguém consegue explicar por que nenhum governo jamais foi atacado de maneira tão grosseira, descarada e inescrupulosa. De erro em erro, a cada suposto “deslize” porcamente corrigido, constrói-se a metodologia difamatória que está reduzindo o jornalismo brasileiro ao achaque ideológico.
A truanice de Benjamin é exemplo menor, infantil até, de uma tendência que teve episódios muito mais graves e conseqüentes. Mas ela serve como anúncio do que nos aguarda nas batalhas eleitorais vindouras.