quinta-feira, 12 de novembro de 2009

"Mensalão foi tentativa de golpe da oposição para me derrubar", diz Lula

Em entrevista, concedida ao repórter Kennedy Alencar, que irá ao ar no domingo às 19h45, na RedeTV!, o Presidente Lula abriu o fogo.
Lula disse que o mensalão foi uma tentativa de "golpe" da oposição para derrubá-lo: "Foi uma tentativa de golpe no governo... Foi a maior armação já feita contra o governo"
Lula disse ter "desconfiança" da relação entre o PT e o publicitário Marcos Valério, insinuando armação na aproximação entre o seu partido e Marcos Valério: "Marcos Valério não vem do PT, vem de outras campanhas".
Ele disse que nunca recebeu, à época do mensalão, em 2005, uma proposta para desistir de se candidatar à reeleição ou de renunciar, mas afirmou que foi alertado por um interlocutor de que a oposição queria patrocinar o seu impeachment.
A respeito das críticas recentes do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em artigo nos jornalões nas quais o tucano falava em risco de "subperonismo", Lula disse que seu antecessor é um "poço de mágoas" e que tem "inveja" dele.
Disse que o PSDB não se conforma de um "peão" fazer um governo melhor que o de FHC. Disse que imagina ainda ter uma relação pessoal de amizade com o tucano, mas que politicamente estão estremecidos.
Lula não quis responder diretamente a um comentário do cantor Caetano Veloso. A resposta a Caetano ele dera na noite de anteontem, ao colocar um CD de Chico Buarque para ouvir. Chico é seu cantor preferido -os atores são Antonio Fagundes e Fernanda Montenegro. A cantora, Marisa Monte. Ao falar do filme preferido, "Cinema Paradiso", brincou: disse que esperava que o predileto viesse a ser "Lula, o Filho do Brasil", que terá pré-estreia na semana que vem.
Lula disse que a população entendeu sua metáfora da necessidade de fazer alianças para poder governar: "Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão".
O Lula disse que a expressão "nunca antes neste país" não seria injusta com governos anteriores porque alguns de seus feitos são inéditos.
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