“O Globo escondeu de seus leitores a melhor parte da entrevista que Caetano Veloso concedeu ao jornalista e blogueiro Jorge Bastos Moreno. O depoimento omitido na edição desta quinta-feira (26) do jornal — mas apresentado em áudio na Rádio do Moreno — é uma enfurecida denúncia de Caetano contra a revista Veja.
André Cintra, Vemelho.org
“É preciso que se saiba que é abominável, que há muita desonestidade ali”, desabafa o cantor e compositor baiano, em tom enérgico. “A classe média instruída brasileira não lê direito a Veja, não acredita tanto. Mas a medianamente instruída se pauta muito por uma possível honestidade jornalística daquele veículo. Esse gente precisa ser avisada de que não há, nem de longe, sombra de honestidade naquilo.”
Classificando os articulistas da Veja como “desonestos”, Caetano citou um caso exemplar da desmoralização pela qual passa a principal revista da Editora Abril, da família Civita. O episódio ocorreu em setembro de 1995, quando Veja publicou uma ma matéria desaforada contra o DJ norte-americano Moby. “Ele diz tanta besteira que até parece o brasileiro José Miguel Wisnik — aquele sujeito que acredita que o termo ‘Big Bang’ é uma apropriação anglo-saxã da origem do universo”, escreveu Sérgio Martins na revista.
Wisnik, no entanto, jamais teceu qualquer comentário do gênero sobre a expressão “Big Bang”. A tal “apropriação” a que Veja se refere foi feita, na realidade, por Caetano, que escreveu para a revista e corrigiu as informações. Além de a carta nunca ter sido publicada, Veja voltou a atribuir a “apropriação” a Wisnik mais duas vezes. “Nunca mudaram, são desonestos. Eu não falo com eles. Outras coisas houve antes, mas essa é inacreditavelmente canalha”, resume Caetano, na entrevista.”
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