terça-feira, 15 de setembro de 2009

O PT ENTRA NA CAMPANHA

O PT vai reunir seu diretório nacional nesta quinta-feira para começar a analisar a criação de um Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) para cuidar da pré-campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República. São vários temas que esse grupo abordará: planejamento de captação de recursos, sistema de pesquisas pré-eleitorais, alianças nos estados.
A ideia é criar um grupo que tenha peso político, com a presença de nomes de expressão dentro das tendências partidárias e fora delas, como o ex-presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, pelo movimento PT, e Antonio Palocci (PT-SP), que os petistas de uma forma geral estão ávidos por ver reabilitado.
Também serão chamados os ex-prefeitos de Belo Horizonte Fernando Pimentel; de Recife João Paulo; e de São Paulo Marta Suplicy, que já vinham há alguns meses cuidando dessa etapa da campanha.
A intenção do PT ao criar esse grupo é sair de dois dilemas. O primeiro é saber quem vai trabalhar de fato dentro do partido pela candidatura da ministra nessa fase.
O problema é que a maioria dos petistas está hoje voltada ao processo de eleição direta (PED), como eles se referem ao período de campanha pelo comando partidário municipal, estadual e federal.
A eleição está marcada para 22 de novembro. Ou seja, num momento em que todos os demais partidos estão se movimentando em busca de alianças para 2010, o PT estará parado cuidando do próprio umbigo.
Daí a necessidade de ter pelo menos um grupo voltado à essa missão com a ótica do PT, para não deixar que tudo seja resolvido pelo presidente Lula, no papel de magistrado que, na visão dos petistas, é capaz de deixar o próprio partido a ver navios para agradar outras agremiações, em especial, o PMDB.
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