sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O espetáculo da irrelevância

A cada dia que passa o Senado brasileiro afunda um pouco mais na lama, e chafurda na irrelevância. A Reforma eleitoral é um exemplo disso.

Ao invés de discutir algo sério, como por exemplo a mudança para voto distrital, o Congresso (incluída a Câmara dos Deputados) se preocupou em dois temas irrelevantes e de impossível controle: a internet nas eleições e as pesquisas eleitorais.

A discussão sobre internet é irrelevante porque não faz o menor sentido. Não há possibilidade de controle, mas alguns ainda não perceberam isso.

O segundo ponto é de uma bizarrice sem tamanho. Obrigar os institutos de pesquisa a utilizarem os dados do IBGE é ridículo. O “brilhante” Senador Marcelo Crivella resolveu que os institutos de pesquisa devem utilizar as proporções de sexo, idade ou qualquer outra pelos estratos fornecidos pelo IBGE.

Como ninguém parece pensar naquele Senado, alguém precisa avisar que os institutos de pesquisa realmente erram, e que isso é normal. A tendência é que a cada 20 pesquisas, 1 apresente divergência de erro (fora da margem de erro), pois o índice de confiança é de 95%. Em outras palavras, 5% das proporções (ou candidatos) estarão fora da margem de erro.
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