Não sei se vocês chegaram a ler sobre a mais recente falsificação de dossiês e seu uso inescrupuloso, inicialmente por Diogo Mainardi, posteriormente pela própria revista Veja, e reproduzido sequencialmente pelo Jornal Nacional – e outros ícones da imprensa nacional.
Não é a primeira, nem será a última vez que esse tipo de artimanha pseudo jornalística acontece no País.
O leitor deve conhecer a série de textos escritos por Luís Nassif, intitulada O caso de Veja. Se não conhece ainda, está mais do que na hora, pois trata-se de uma leitura indispensável para quem busca compreender a lógica produtiva de nossos grandes veículos de comunicação.
Na semana passada, veio a tona a informação de que é falso o dossiê envolvendo o diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Victor de Souza Martins – irmão do ministro da Comunicação Social, Franklin Martins. O falso dossiê acusava Victor de Souza Martins de aumentar os royalties das prefeituras que contratavam a empresa Análise Consultoria, empresa que ele tem em sociedade com a mulher, Joseana Seabra.
Esse dossiê, para quem não lembra, ocupou durante meses a pauta dos grandes veículos. Finalmente, a mentira se torna pública.
A Polícia Federal acusa o agente federal aposentado, lotado na ANP, Wilson Ferreira Pinna, de ser o araponga que forjou o dossiê contra Victor de Souza Martins.
Para completar, o jornal Folha de S.Paulo publicou matéria do jornalista Márcio Aith, na qual dizia que Pinna era homem de confiança do presidente da ANP, Haroldo Lima, quando, em verdade, Pinna foi contratado quando a ANP era presidida pelo genro do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, David Zylbersztajn.
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