A senadora petista do Acre praticamente já fala como uma integrante de um novo Partido Verde. Em entrevista ao Valor Econômico, Marina cComenta sobre a “refundação programática” do PV e da eliminação de alguns “corpos estranhos” que ingressaram na legenda nos últimos anos.
Valor: A senhora decidiu?
Marina Silva: Não. E ainda tem um circuito enorme de conversas pela frente. Eu queria primeiro fazer uma avaliação no Acre e depois falar com todos que pediram para conversar comigo como o José Eduardo Dutra, [presidente da BR Distribuidora e possível novo presidente do PT], o senador Mercadante [Aloizio], o deputado Berzoini [Ricardo Berzoini atual presidente do PT], o senador Eduardo Suplicy. Vou ter estas conversas a partir de hoje, assim que voltar a Brasília.
Valor: Quem do PT a procurou e o que ouviu deles?
Marina: Não vou entrar em detalhes mas posso dizer que foram conversas muito densas, revelando as preocupações de ambos os lados, mas também de respeito. O argumento principal das pessoas era que eu não devo sair do partido, insistem para que não saia. Dizem, por exemplo, que, se sair, fica difícil pautar o tema ambiental dentro do partido.
Valor: O que será decisivo para que opte pela candidatura?
Marina: Não tenho isso claro. Estou ouvindo pessoas e vou me dar um tempo para pensar. Mas neste momento não estou discutindo candidatura, estou conversando sobre o convite de me filiar ao PV e desligar do PT. Falamos sobre a refundação programática do PV onde a discussão do desenvolvimento sustentável passa a ser estratégica no programa partidário. Isso de candidatura é um processo talvez mais para a frente. Mas não tem nestas conversas um cálculo pragmático de ser candidata ou não, mas sim de busca de conteúdo
Leia texto completo
---
Nenhum comentário:
Postar um comentário