Por LUIS NASSIF
Já fui mais cético em relação ao papel das faculdades de jornalismo. Sempre considerei o jornalismo um curso técnico. Em seis meses de redação, aprendia-se o ofício com muito mais profundidade do que em quatro anos de faculdade.
Além disso, as faculdades de jornalismo padeciam de um mal crônico: a grade curricular. Quando o curso surgiu, em fins dos anos 60, as Humanas tomaram conta, buscando marcar seu território na nova frente que se abria.
Criaram excrescências como Sociologia da Comunicação, Filosofia da Comunicação, História da Comunicação. Excrescências porque essas matérias deveriam ser uma extensão das respectivas cadeiras. Ou seja, o aluno teria que fazer um curso de história, primeiro, para depois aprender uma especialização da história - a tal História da Comunicação.
Em vez disso, no prazo de um ano o professor precisava passar noções de história, sociologia e antropologia e, de quebra, a especialidade estudada.
No plano técnico-operacional, aprendia-se muito pouco. Um dos argumentos dos defensores da faculdade era a questão dos princípios éticos que ela incutiria nos alunos. Mas o que havia era uma profunda politização, de considerar o jornalismo uma arma de luta. Além disso, as distorções no jornalismo profissional ainda não eram tão acentuadas.
O que ocorre hoje em dia é outro bicho. Leia mais »
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