terça-feira, 12 de maio de 2009

VEJA, A ULTIMA FLOR DO FASCIO

Peter Sellers no papel do Delegado Amaro

A revista Veja, a última flor do Fascio, publicou estrondosa “reportagem” em que denunciava “a máquina de espionagem do Protógenes”.
O Protógenes, segundo a Veja, era terrível.
Bisbilhotou a vida amorosa de Dilma Rousseff e gravou o colóquio adulterino de Helena e Páris, que resultou naquela guerra cruenta.
A Polícia Federal, depois que o Presidente que tem medo demitiu o ínclito delegado Paulo Lacerda, dedicou-se a crucificar Protógenes.
E nomeou um certo delegado Amaro para construir a cruz.
O delegado Amaro descobriu vazamentos incríveis do Protógenes.
Protógenes, segundo Amaro, vazava mais do que penico de asilo.
Imaginem que o Protógenes vazou os Papéis do Pentágono!
Inacreditável a ousadia do delegado.
O Estadão, sempre inclinado a crucificar os que querem prender Daniel Dantas, notabilizou-se em vazar o vazamento do vazamento: vazava o que Amaro vazava.
Acontece que, enfim, saiu o documento do Amaro com o que Protógenes vazava.
Amaro não achou a vida amorosa da Ministra Dilma no pendrive do Protógenes.
O relatório do Amaro não fala em “grampo ilegal”, nem em “espionagem”
E a “reportagem” bomba da Veja, “a máquina de espionagem de Protógenes”?
Amaro, muito cioso de suas graves responsabilidades denunciou Protógenes por fotografar um certo jantar no restaurante japonês Original Shundi, em Brasília.
O famoso jantar em que estava, acompanhado, o então advogado de Dantas, Nélio Machado.
Qual o crime há em tirar uma foto do Dr. Nélio Machado num restaurante?
O local não é público? Qual o crime?
Ou o jantar continha ingredientes venenosos?
O delegado Amaro lembra muito o Inspetor Closeau da “Pantera Cor de Rosa”.
Ele ficou horrorizado com a foto no restaurante japonês de Brasília e não viu a reportagem da Veja.
E aquela denúncia gravíssima da Veja? Não é crime, Dr. Amaro?
Mentir ? Denunciar o que não existe ? Vender ficção como realidade ? Isso é artigo 177 ? Código de Defesa do Consumidor?
O Inspetor Closeau entrou no apartamento, passou por um cadáver na sala, e chamou a polícia porque a televisão da empregada estava muito alta e incomodava os vizinhos.
Francamente, Dr. Amaro, como é que o senhor leva uma bola dessas nas costas?

Paulo Henrique Amorim
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