quinta-feira, 23 de abril de 2009

JOSÉ SERRA DE QUE?

Entre as pérolas que o presidente que tem medo, o presidente Lula, ofereceu aos leitores argentinos do jornal La Nacion está a afirmação de que o Brasil não terá em 2010 candidatos “de direita”.
Ou seja, para o presidente Lula, Zé Pedágio não é “de direita”.
Essa é uma das mistificações que Zé Pedágio impôs ao PiG, especialmente ao PiG paulista.
Uma é se proclamar “economista competente”.
Ele não é nem uma coisa nem outra. Não tem direito a se inscrever no Tribunal Eleitoral com a profissão de “economista”, porque não tem diploma que se reconheça no Brasil.
Só se for na Albânia… “Competente” também não é, porque faz um Governo infra-medíocre em São Paulo.
Hoje, conversei com um Governador do PMDB.
Eu perguntei: com quem o Serra vai para a campanha?
Ele respondeu: com a mídia.
Agora, mais essa: ele não é “de direita”.
O presidente trabalhista que já disse que não é “de esquerda” agora diz que o Serra não é “de direita”.
Claro, ninguém é de direita. Nem Gengis Khan era de direita.
Os intelectuais da elite dizem que não há mais essa história de “direita” ou “esquerda”, que a globalização acabou com isso.
Mas, ninguém quer ser “de direita”…
Além do mais, o PiG de São Paulo, no seu ilimitado provincianismo, acredita que Zé Pedágio seja “progressista”.
“Progressista”, o Sarney também era – ele era o “a vanguarda do atraso”, como disse o Fernando Lyra.
Fernando Lyra também disse que o Fernando Henrique é “o atraso da vanguarda”, mas o PiG ignora essa parte …
Quer dizer, “vanguarda”, “progresso” são expressões que tem o valor de uma pataca.
Serra pode ser o que quiser: maçon, rosa-cruciano, carbonário, integralista, da AP, "liquidacionista”, anarquista de direita, corintiano enrustido, neo-vampiro, existencialista à la Gabeira, cepalino hayeckiano, o que for.
O que interessa é o que ele faz. O que interessa é o que o homem público faz.
Serra não é nada, do ponto de vista doutrinário.
Não se sabe o que ele pensa: o que pensa esse rapaz (Serra) ?, perguntou, outro dia, o filosofo Paulo Arantes, na Folha.
Ele privatiza tudo.
Se fosse presidente da República (o que não será), vendia o Bolsa Família à Wal Mart, como me disse um mineiro.
A única coisa concreta, de concreto aparente que ele fez quando Prefeito de São Paulo foi colocar pregos e inclinar uns muros de cimento que havia num túnel sob a Av. Paulista, onde os sem-teto dormiam.
Um serviço prestado aos proprietários de escritórios na região …Além disso, não colocou um único tijolo em cima de outro …
Serra constrói estrada e, logo depois de pronta, entrega a cobrança a empresa privada.
Vendeu a Nossa Caixa a um presidente do Banco do Brasil, que, pelo jeito, comprava bondes …
Serra era o Ministro do Planejamento e, portanto, planejou o mais feroz programa de privatização da América Latina, quando se vendeu a Vale do Rio Doce e os telefones a Daniel Dantas, e quase se vendem a Petrobrax e o Banco do Brasil.
Como Ministro da Saúde, disse que inventou o genérico. O genérico é obra do grande Ministro Jamil Haddad, do excelente Governo do Presidente Itamar Franco.
Como Ministro da Saúde, ele disse que inventou a distribuição de remédios de graça aos portadores de HIV. Quem fez isso foi o Governo Sarney.
Zé Pedágio pode ser o que fôr. Mas serve à direita. Ele é “da direita”.
Em quem a Eliana Tranchesi, da Daslu, a contrabandista condenada a 94 anos de cadeia, vai votar em 2010 ? No Serra ou na Dilma?
Em quem o Coronel Ustra vai votar em 2010? No Serra ou na Dilma?
Em quem o Daniel Dantas, o Itagiba e o Jungmann, o Gilmar Dantas (segundo Ricardo Noblat) vão votar em 2010?

Paulo Henrique Amorim
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