Aperta que ele acaba cedendo (e não cedeu)
Dialogo com uma testemunha do encontro do presidente da CPI dos Amigos de Dantas, o deputado serrista Marcelo Lunus Itagiba, com uma funcionária do Supremo Tribunal Federal:
- Ela estava com o crachá do Supremo ?
- Eu olhei, achei aquilo esquisito. Perguntei: ‘quem é essa mulher ?’ Aí, me disseram: ‘É uma mulher do Supremo”. Cheguei mais perto e vi: ela estava mesmo de crachá.
- Ela tinha com ela outra pessoa com o crachá do Supremo?
- Não pude ver. Do meu ângulo, só dava para ver ela e o Itagiba.
- Onde foi isso ?
- Do lado de fora da sala da sessão. Perto do banheiro, das escadas. Estava vazio, eles puderam conversar à vontade.
- Quem falava, ele ou ela?
- Ela. Ele ouvia mais do que falava.
- E o que ela dizia pra ele?
- Aperta, faz pressão.
- Sobre quem? Sobre o Protógenes ou foi quando o Protógenes falou do De Sanctis?
- Não, era para fazer pressão sobre o Protógenes.
- E o que mais ela dizia?
- Aperta que ele vai acabar cedendo.
- Quanto tempo durou a conversa?
- Uns cinco, seis minutos.
- E quando acabou a conversa?
- Eles voltaram lá para dentro.
- E ela ficou quieta?
- Não, ela mandou perguntas para ele com o celular.
- E ele fez as perguntas que ela mandou?
- Ah, isso eu não sei.
Paulo Henrique Amorim
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