O líder de oposição na Venezuela Manuel Rosales buscou refúgio no interior do país, alegando ser vítima de perseguição por parte do governo.
Segundo Omar Barboza, Rosales, que é prefeito da cidade de Maracaibo, está "protegido" no Estado de Zulia, após o Ministério Público ter pedido sua prisão por corrupção.
No dia 19, o Ministério Público do Estado de Zulia pediu a prisão do dirigente opositor, acusando-o de enriquecimento ilícito durante sua gestão à frente do governo estadual.
O julgamento de Rosales, ainda sem data marcada, será realizado pelo Supremo Tribunal de Justiça, em Caracas.
Caso de seja condenado, Rosales pode pegar pena de três a dez anos de prisão, conforme prevê a Lei Anticorrupção.
As acusações contra Manuel Rosales, ex-candidato à Presidência venezuelana, vieram à tona durante a campanha para eleições municipais e estaduais, em 2008.
Na época, em um comício em Zulia, Chávez chamou Rosales de "corrupto", "golpista" e "mafioso" e disse que o ex-governador deveria ser preso.
Poucos dias depois, as acusações de desvio de dinheiro público foram veiculadas pelo canal de TV estatal VTV, que transmitiu o áudio de um grampo telefônico, realizado pelo serviço de inteligência do país, em que Rosales discute com sua secretária a compra de relógios caros que seriam dados de presente a diretores de jornais.
Outra gravação revelou uma conversa de Rosales negociando a compra de gado e realizando transações bancárias em uma conta em Miami.
A gravação sugere que o governador teria utilizado verbas públicas para a aquisição de seu patrimônio.
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