Saiu no Valor, pág. A10, artigo de Maria Inês Nassif:
“Presidentes do STF e do CNJ, sempre unidos … seria conveniente … fosse debatida igualmente uma forma de controle externo do Judiciário.
Um exemplo disso é o fórum criado pelo CNJ e pelo STF para analisar as ações relativas a problemas fundiários. Essa iniciativa resulta de mais um conflito público de Mendes.
… Mendes deu dimensão a isso, por exemplo, quando usou os cargos cumulativos na presidência do STF e do CNJ para pedir … ao corregedor-geral do Tribunal Regional Federal da 3ª. Região, desembargador André Nabarrete, que acionasse o Juiz Fausto De Sanctis, que decretou a prisão de Daniel Dantas duas vezes.”
Gilmar Dantas, segundo Ricardo Noblat, só se tornou o que é – o líder máximo do Golpe de Estado de Direita – por causa da pusilanimidade do presidente Lula.
Porque o presidente Lula deu espaço político para ele crescer.
Se tivesse peitado o Gilmar Dantas, segundo Noblat, logo no primeiro round, o Supremo Presidente não seria, hoje, Supremo.
Sabe como, amigo navegante?
Quando Gilmar Dantas, segundo Noblat, disse que ia chamar o Presidente “às falas”, o presidente que tem medo mandava o porta-voz da Presidência dizer assim: “ponha-se no seu lugar, seu arrogante: quem investiga irregularidades na Abin e procura áudio de grampo sou eu … Vá se queixar ao bispo (da Pastoral da Terra).”
Ao contrário, o presidente que tem medo recebeu o Supremo Presidente no dia seguinte no Palácio, na companhia de Nelson Jobim, aquele que produziu a babá eletrônica.
E o Supremo e Jobim, ali, na hora, decapitaram o ínclito delegado Paulo Lacerda.
E cada vez que Ele, o Supremo, tentasse ir mais alto que seus sapatos permitem, o Presidente da República responderia à altura.
Resultado: sempre que o PiG (*), especialmente a Globo - que voltou a ser o púlpito do Golpe (clique aqui para ler sobre o processo que William Bonner pode tomar) - concede a palavra ao Presidente Supremo do Supremo, o presidente Lula sai diminuído, humilhado.
Se o Presidente do Brasil fosse De Gaulle, Theodore Roosevelt, Chávez, Leonel Brizola, Itamar Franco ou Kirchner, Gilmar Dantas, segundo Noblat, já teria levado um processo por procedimento a-ético – por causa de seus negócios particulares na área de educação (?) à distância -; e um processo por “tentativa de subverter o quadro constitucional” com a interferência em outros poderes.
Se o Presidente do Brasil fosse um dos acima citados, Gilmar Dantas, segundo Noblat, seria reduzido ao que é: um coronel de província, que não fez carreira na magistratura, e se diz “germanista” sem ser (e se fosse?).
Paulo Henrique Amorim
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