quinta-feira, 19 de março de 2009

POBRES SUSTENTANDO RICOS

Os recursos emprestados pelos chineses aos Estados Unidos até o fim de janeiro superam em mais de US$ 100 bilhões os US$ 634,8 bilhões em títulos do Tesouro comprados pelo Japão, o segundo colocado no ranking.
Detentora de reservas internacionais de US$ 2 trilhões, a China se tornou no ano passado o principal financiador do déficit dos Estados Unidos com o restante do mundo. Quando comparado ao estoque de janeiro de 2008, os US$ 739,6 bilhões representam um aumento de 50% no valor destinado por Pequim à compra de títulos norte-americanos.
Com um pacote de estímulo de quase US$ 800 bilhões e um déficit na conta corrente que ronda os 10% do PIB, os Estados Unidos precisarão mais do que nunca dos recursos chineses neste ano. E nada indica que Pequim irá reduzir suas compras de títulos do Tesouro norte-americano.
Estima-se que a China terá um superávit em conta corrente de US$ 409 bilhões, o equivalente a 8,2% do PIB. Esses recursos precisam ser investidos e não há nada mais líquido e, em tese, mais seguro, que os títulos do Tesouro dos EUA. O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, começou a manifestar preocupação com a segurança dos ativos chineses em dólares em outubro do ano passado.

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